Mensagem do caboclo Sete Flechas em sessão de Pretos Velhos do dia 12 de outubro de 2024


Graças a Deus.

Que a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos nesta tarde em que se reúnem em nome de Deus; em nome de Jesus e disse ele que toda vez que duas ou mais pessoas ser reunissem em seu nome, ele estaria presente.

Viva a paz de Cristo, viva a presença de Cristo neste e em todos os mundos habitados. Que haja paz, que haja harmonia, que haja diretriz em todas as almas em evolução. Que possamos ter sempre o amparo e o carinho da espiritualidade acolhedora e educadora para que possamos absorver todos esses ensinamentos e posturas, assim como fazem as plantas que alimentam-se do solo que as sustenta e devolvem à natureza, seja em forma de remédio ou de beleza ou de frutos, os seus produtos numa troca saudável e harmoniosa de gratidão para que seja a gratidão o combustível do universo.

Importante observarmos a beleza da natureza de vosso mundo. Importante observarmos o equilíbrio delicado que tem toda essa orquestração da natureza do orbe em que habitam. Com toda essa beleza à volta em que a natureza precisa reequilibrar-se, expurgar, adaptar, em sua atmosfera, em suas águas, em seu solo as camadas se movimentam, o ar se movimenta ou as águas se movimentam muitas vezes de forma violenta, mas  de forma que o planeta se acomode e dê passos na sua evolução enquanto matéria densa. Isso acontece em todos os mundos, não são castigos divinos. É importante observarmos e respeitarmos esses ciclos e entendermos que todo mundo é um mundo escola de acordo com a capacidade de entendimento de seus habitantes. Todo mundo traz em si pelas leis de atração almas afins a sua natureza, aos seus elementos, almas afins entre si, que então vão se educando e vão se harmonizando com esse mundo e consigo mesmas, buscando seguir, de maneira inconsciente ou não, os planos da divindade que orquestra o universo. Nenhuma alma se perderá, nem as mais recalcitrantes, nem as mais envolvidas nos mais escuro ódio, na mais densa treva. Nenhuma ovelha será perdida, porque todas têm o destino encontrarem-se consigo e encontrarem-se com a luz de onde têm essa centelha original. O que afasta estas almas da luz é insanidade das emoções, é o desconhecimento da lei que as afasta e as faz encontrar o sofrimento e as faz encontrar o carma que elas mesmas criam e em um ciclo virtuoso e natural tudo isso vai se reorganizando através das provas, através de tudo que for necessário para despertar a consciência de cada criatura. 

O mundo é um mundo escola. Não é um mundo prisão, também não é um mundo paraíso, mas é um mundo que abraça, que abriga e que cuida das almas afins a ele sempre através da orientação do Cristo que o governa. Então sejamos gratos pelo mundo em que estamos e que possamos nos fazer sempre dignos de estar debaixo da bandeira crística que nos acolhe. 

E ao mesmo tempo, enquanto os mundos são os mundos em um âmbito geral e de grandeza que o ser humano ainda não compreende, observemos as famílias, observemos os templos que são mundos em seu próprio modo de ser. Que também atraem em seus núcleos espíritos afins e que também têm a missão de fazer com que se eduquem com que se aprimorem com que se equilibrem, e tudo isso se dá através da obediência, porque assim como obedecemos a Deus e às leis universais também precisamos seguir as leis dos templos, das famílias em que habitamos, dos grupos aos quais pertencemos, muitas vezes discordarmos e desobedecemos e não concordamos e somos recalcitrantes em nossa maneira de agir, tentamos sempre burlar das mais diversas formas os registros e os estatutos, mas tal qual acontece no mundo maior em que a lei de Deus é soberana, nós também à nossa maneira encontraremos também as formas de retorno toda vez que insistimos em não obedecer aquilo onde a lei nos colocou.

Então que seja no mundo maior, no mundo azul, chamado Terra, em todo seu envoltório, como também nos grupos menores aos quais pertencemos; que nos sintamos presos não de maneira coercitiva, mas presos no sentido de sintonizados e ligados àquilo que a lei da harmonia e da atração colocou. Então que saibamos ser dóceis para que possamos mais harmoniosamente nos encontrarmos com o nosso equilíbrio. A cada vez que nos afastamos do nosso equilíbrio o sofrimento e a dúvida nos visitam. O sofrimento e a dúvida são companheiros dos revoltados, são companheiros dos que insistem no erro.

Então que tenhamos a convicção, a essência dócil, daqueles que buscam a melhora e entendem que não existe carma negativo e não existe carma positivo. O que existe é carma, o que existe é a ação e reação agindo em nossa vida. Não existe Deus que castigue, não existe Orixá que seja punitivo. O que existe é necessidade da pessoa retornar ao equilíbrio através do expurgo das energias que ela mesma acumulou. E elas se escoam da mais variadas formas, mas sempre de acordo com a sua origem. Seja no corpo físico, seja na mente, seja na vida, nas ações que retornam. A lei da atração também assim o faz. Todo expurgo se dá no âmbito em que é necessário que ele aconteça.

Não existe injustiça no mundo de Deus. O que existe é busca de equilíbrio e cabe ao homem sintonizar-se com ele. Agradecer mais pelo que tem, seja o que for que Deus envie. Buscar sempre o aprendizado e andar de maneira em que a essência de equilíbrio e de justiça e de bem para todas as criaturas seja a nossa meta. Que saibamos viver no mundo e agindo no bem para que o bem seja o bem de todos e não visando apenas a minha satisfação. Quando eu faço isso eu deixo de buscar a mediunidade para meu próprio proveito. Eu começo a buscar a mediunidade para servir, para entender-me melhor e não para me curar apenas. A cura e o equilíbrio serão consequências naturais de quem anda no bem, de quem se banha na luz do amor, do perdão, da caridade, do altruísmo, da essência saudável, porque não há conchavos que se faça para agradar a Deus. Deus não é um Deus de trocas; é um Deus de justiça. 

Então que sejamos mais justos conosco, mas justos com a nossa própria diretriz, com o nosso passado e com o que queremos para o nosso futuro. Que possamos abrir mão da vaidade que nos coloca sempre com um pé atrás quando olhamos para o outro, porque quem é bom por si só se protege e se algum mal lhe acontece ele sabe que é para sua melhora e não há dúvida e ele segue a sua vida agradecendo, sorrindo e servindo, porque o tempo serve a ele e ele serve ao tempo.

O tempo da bonança chegará, como chega o tempo do trabalho, o tempo do descanso e todo tempo será sempre tempo de aprendizado e todas as dúvidas se acalmam, porque ele tem a certeza de que tudo que chega a ele chegou ao seu tempo. E ele agradece e ele cuida. É essa a expectativa que precisamos ter para tirar da espiritualidade a obrigação de nos servir e de nos atender e de nos proteger, porque quando ando com Deus nada me ataca, porque sei que ele está comigo e o que for que venha ao meu encontro está na minha programação e eu agradeço e eu deixo de me apegar à vida material como um náufrago. Eu deixo que as pessoas possam partir, como um dia também partirei e quero que me deixem partir, porque somos todos na verdade companheiros. Não pertencemos a ninguém, tão somente à divindade que nos criou. E a vida se torna bem mais leve e bem mais útil quando temos a noção de que não somos simples peças de um tabuleiro que Deus se apraz em jogar, mas somos como os astros do universo que uma lei de atração e de equilíbrio se movimenta e fazemos parte dessa grande orquestra harmoniosa que Deus criou. E se alguma vez essa orquestra desafina é porque nós ainda não entendemos como soar essa música.

Graças a Deus.