Graças a Deus.

Que a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja conosco nesta tarde em que se reúnem em nome de Jesus. E disse Ele que sempre que duas ou mais pessoas se reunissem em seu nome; que ele estaria presente.

Seja então a paz de Jesus presente com todos e que filhos estejam preparados para receber a paz que Jesus representa. Abrir a porta que só se abre por dentro e deixar que esta paz inunde vosso ser. Não só o ser físico, levando a saúde a todos os órgãos e células do corpo físico que ora habitam, mas também o corpo espiritual e a mente para que essa paz penetre e faça morada junto com vocês. Mas pra que isso aconteça é necessário que a casa esteja arrumada, porque quando vamos receber visitas limpamos a casa, retiramos a poeira, arrumamos os móveis, nos perfumamos, nos preparamos para que a visita chegue e encontre uma casa acolhedora e que seja um momento prazeroso.

Da mesma forma, quando filhos se preparam e aguardam e chamam pela paz que Jesus representa e que filhos esperam receber, mas se recebem a paz de Jesus com a casa interna desarrumada; pouco Jesus poderá fazer e , pela lei da sintonia, não permanecerá, porque não basta Jesus querer é preciso que o homem também queira que Jesus fique. E o homem representa e sinaliza que quer a presença e a paz de Jesus na sua vida quando arruma sua casa para recebê-lo. Quando se desfaz daquilo que é ilusório, quando começa a perceber e a orientar-se no caminho adequado. Pois receber Jesus com a casa completamente em desalinho, emoções desvairadas, rancores, mágoas, desconhecimentos, trevas, excessos de dúvidas, vaidades; é impossível que Jesus entre e se acomode nesta casa. A sua presença quer ficar, mas a  própria casa a expele pela lei natural de sintonia, porque é preciso que nós andemos o mesmo tanto que Jesus anda em nossa direção, na direção dele.

Todo relacionamento é uma via de mão dupla onde todos buscam encontrar-se. Assim é no relacionamento a dois, assim é na amizade, assim é no relacionamento com a divindade. A divindade está sempre pronta para nos iluminar com a sua potência, mas é preciso que o homem se prepare para que essa divindade possa encontrar local apropriado dentro de si e veiculá-la. Porque se eu recebo essa divindade com medo, com receios, com excesso de distanciamento e de muitos protocolos, haverá um cansaço e uma falta de sintonia pelo completo desconhecimento das coisas. Deus não habita onde há medo, onde há dúvida, como também não habita onde há o rancor e a mágoa e a falta de vontade.

Então para que essa paz que Jesus promete se faça presente, precisamos ao menos preparar a nossa casa. E assim ele começará gradativamente a encontrar um cantinho onde se aninhar, gradativamente ir se aninhando em outros cantos e assim chegaremos lá. Ainda assim, por vezes, nos esquecemos de limpar embaixo da cama, embaixo dos móveis, onde a poeira se acumula e vez por outra alguns ventos de desassossego ou de lembranças inesperadas varrem por baixo desses móveis e trazem a poeira pra fora. E precisamos entender onde mexer para que Jesus chegue. É belo o esforço do homem, mas é necessário que ele se prepare internamente demonstrando que está disposto a toda modificação que a estada com Jesus representa.  O poder de Jesus é imenso, mas o poder do homem ocioso e reticente e impermeável, também é imenso e Jesus respeita e aguarda o amadurecimento da criatura, muitas vezes através do sofrimento, para que então cansado ele saneie-se internamente e permita que Jesus entre.

E falamos em Jesus como uma figura, um expoente máximo de vossas crenças, mas qualquer um de vossos guias, mentores, qualquer espírito iluminado só conseguirá permanecer em vossa companhia se houver a reciprocidade. Não basta o desejo, há que haver a ação saneadora para que possa haver esse encontro e essa afinidade e essa coesão de pensamentos e de sentimentos. 

Vemos tudo como um belo exercício válido, mas a criatura precisa compreender o seu papel nesse trabalho de crescimento, porque vossos guias já se encontram em um patamar diferenciado. Vossos guias já se encontram em patamar de felicidade e eles independem de vocês, mas o trabalho deles é o de resgatá-los. Cabe aos resgatados fazerem-se merecedores e buscarem aprender e não ser somente como um náufrago que se apega a destroços da embarcação que uma vez o abrigou e se debate inutilmente dentro do mar de suas lamentações sem sair do lugar. É preciso fazer o esforço para ir adiante, saber o que está fazendo, saber o que quer e porque quer, tal qual o transeunte que passou por um campo e viu homens que carregavam pedras. Dirigiu-se a um deles e perguntou: O que fazes? Ele disse: Simplesmente carrego pedras daqui para lá. Não satisfeito o transeunte se dirigiu a outro trabalhador que também carregava pedras e perguntou: O que fazes? Trabalho simplesmente em uma construção e por isso carrego pedras daqui para lá. Não satisfeito o transeunte dirigiu-se a um terceiro trabalhador e perguntou: O que fazes? Ele disse: Carrego pedras daqui para lá, porque construo um edifício e este edifício será sede de um hospital que abrigará muitos enfermos, também será uma escola onde se encontrarão doutores. E haverá uma assistência enorme a todos os necessitados e eu me sinto feliz por estar trabalhando em uma construção tão importante. Satisfeito o transeunte seguiu seu caminho. 

E assim é cada homem, cada mulher, cada ser humano, cada médium nos seus afazeres. Alguns simplesmente carregam pedras. Simplesmente estão ali porque devem estar. Outros apenas cumprem com a sua obrigação. Poucos são os que fazem tudo isso com o dever introjetado com a alegria do servir, com o conhecimento de tudo que está acontecendo e a visão de seu futuro. Nesses corações há a paz de Jesus.

Então que possamos sanear nossas mentes. Que possamos estar dispostos a um trabalho e colocarmos em nossa mente que o mundo sempre será o que ele sempre foi, oportunidades de crescimento, de harmonia, de auto amor, de esclarecimento. E cada um só conseguirá aproveitar o mundo quando realmente estiver nele com um propósito. 

Graças a Deus.