Graças a Deus.
Que a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos nesta tarde em que se reúnem em nome de Jesus.
Disse ele que a cada vez que duas ou mais pessoas se reunissem em seu nome que ele estaria presente, e sempre vem se repetindo; a cada vez que o ser humano se reúne debaixo de qualquer templo religioso, mas em nome de Jesus, suas falanges respondem trazendo o bem estar e a coragem necessárias para que o homem siga com a sua missão.
Não importa em que seara religiosa o homem milite, é importante que tenha a convicção de que o servir é o caminho da libertação. Porque enquanto ele só busca acumular e acumular não só posses materiais, mas também desenvolver dons para o seu próprio beneficio, para o seu próprio acumulo de poder, tudo isso pesa no coração do homem, porque a vaidade e o egoísmo são ferrugens que corroem a alma, mas a medida em que o homem percebe que a missão de qualquer criatura de Deus é o servir, porque é o servir que abre as portas para que as mentes se abram, para que os horizontes se ampliem, para que a bagagem fique mais leve, o ser humano passa a servir com mais prazer.
Nada destrói o ferro, a não ser a própria ferrugem que ele produz. A ferrugem corrói o ferro por dentro transformando-o em pó, enfraquecendo-o e nada mais servindo, este tão somente vira uma poeira desnecessária. Alimentará a terra com seus elementos químicos, mas a missão do ferro de ser forte, de ser capaz de sustentar uma estrutura, não mais poderá fazer e assim é a vaidade com o ser humano. Ela corrói, ela corrompe. Então na medida em que o ser humano percebe que a missão de toda criatura é servir, quando começa a entrar em sintonia com as forças do universo que concorrem para o beneficio da criatura; porque serve a minhoca cada vez que ela abre sulcos na terra e a areja e permite que os elementos se combinem e que as plantas recebam nutrientes. Servem a árvore e as plantas quando fazem a troca gasosa, quando oferecem frutos a criatura humana, quando fornecem ervas medicinais; servem os animais quando compõem a natureza cumprindo o seu papel na cadeia alimentar, ao equilíbrio do planeta, toda criatura de Deus serve. Toda criatura de Deus tem um propósito. Servem de maneira inconsciente ao pertencer ao reino mineral, ao reino vegetal, ao reino animal, e o homem a criatura mais complexa de todas, que produz cultura, em sua grande maioria se perde na vaidade, no egoísmo, nas guerras desnecessárias, na luta de egos ou simplesmente afastando-se do ciclo da natureza e corrompendo-a usando-a de maneira inapropriada.
Quando o ser humano perceber que ele é responsável pelo seu próprio caminho e que o caminho é o servir com prazer, com dignidade, contribuindo para melhora do outro, começa a entrar em sintonia com a sua missão. E passa a ser um religioso, mais consciente, que pede a Deus não só por si, mas agradece muito mais e busca ser útil em qualquer evento de sua seara religiosa. Não se importa mais em ser reconhecido como um grande sacerdote, ou como um grande colaborador e passa a enfileirar as trincheiras daqueles que servem pelo simples prazer de propiciar à sua coletividade o bem estar necessário às suas atividades.
Assim também é o trabalhador, ou a dona de casa, ou qualquer ser humano. E é preciso que se insufle nas crianças essa ideologia de que o servir com dignidade e tirar prazer disso é importante para contribuição da melhora da egrégora do mundo. Mas não é ser subserviente, é saber ser útil, é saber deixar com que o outro cresça, é abrir espaço para que o outro brilhe sem com isso nos colocarmos a sombra de tudo. Porque o ser humilde é o não esconder-se, mas é saber exatamente o que eu posso fazer e faço bem. Em que contribuo? Porque quando se faz o bem, quando se faz algo de bom, porque quando se faz algo com perfeição, o prazer que se tem com o próprio resultado nos coroa com a dignidade e com o reconhecimento. Não precisamos ir atrás dos aplausos, porque isto é a vaidade. Todo retorno vem de acordo com aquilo que vamos praticando de maneira saudável, positiva e harmoniosa. Então a pressa pelo reconhecimento, a pressa, a necessidade dos holofotes em cima do homem o corrompem e atrasam o seu crescimento.
Então que possamos ser, cada vez mais, as plantinhas mais humildes, a tiririca que nasce nos jardins, mas que da sua raiz se extrai remédios poderosos, do que sermos flores de estufa que embelezam, mas que qualquer intempérie, a qualquer aborrecimento que ataque a nossa vaidade murchamos e deixamos de cumprir o nosso papel.
Possamos valorizar mais a humildade e o servir para que a felicidade encontre ninho nos corações dos que realmente lutam e batalham com amor pela causa e não apenas pelo interesse de harmonizar-se somente consigo mesmo. Sejamos fieis à bandeira dos que servem, porque quem se alia à bandeira do Cordeiro serve, e serve e busca, cada vez mais, servir à medida em que encontra felicidade na luz que o outro tem para emanar.
Graças a Deus.