Mensagem do Caboclo Sete Montanhas em sessão de Mesa do dia 24 de outubro de 2015.
Graças a Deus.
Bendito e louvado seja o nome de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Benditos e louvados sejam todos os trabalhadores que honradamente se dispõem ao trabalho com Jesus despindo-se da vaidade, da prepotência e da arrogância; sabedores de que somente nus de tudo aquilo que retira e afasta o homem do seu equilíbrio, que polui seu caráter e sua dignidade; somente despidos de tudo isto nos aproximamos do Pai.
Despir-se é tarefa que requer coragem ao ser humano que deseja evoluir. Despir-se requer a coragem de mostrar-se e dizermos quem somos a nós mesmos, assumirmos nossos defeitos mais profundos, nossos desejos mais escusos e fazer deles alavancas para nosso progresso depois de reconhecermos neles aquilo que precisamos corrigir. Somente a observação criteriosa de todas as chagas nos faz capazes de mudar; somente a coragem de olhar dentro de si, revolver todo o lodo e podridão que se aninham ainda em nossa alma; só assim conseguiremos extirpar de nós tudo aquilo que empobrece nossa caminhada na medida em que nos satisfaz fugazmente, em que nos aproxima da animalidade e nos afasta do verdadeiro ideal e destino para o qual fomos criados.
Eia agora! Desembainha sua espada. Sejamos capazes de lutar contra o dragão que habita em nós para que possamos brilhar no raiar de um novo dia renovados, agradecidos, cansados da luta, mas reconhecidos de que lutamos o bom combate contra o inimigo que habita em nós.
Eis que depois de pegar a parte que lhe cabia em sua herança, partiu levando o que lhe era de direito e esbanjou de maneira irresponsável. Não tendo mais dinheiro, acabou alimentando-se tal qual os porcos com restos de comida que lhe eram oferecidos. Caindo em si o filho pródigo disse: “Quantos trabalhadores de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui morro de fome! Levantar-me-ei, e irei ter com o meu pai, e lhe direi : Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho ; trata-me como um dos teus trabalhadores.” Chegando à casa paterna disse: “Pai, pequei contra o céu e diante de ti ; já não sou digno de ser chamado teu filho.” O pai, cheio de bondade, envolveu-o em sua capa, ordenou que lhe calçassem os pés, lhe deu seu anel e festejou a volta do filho amado.
Percebam que esta luta, esta labuta interna. A todo o momento o pai aguardou o filho, ansiou seu retorno, mas foi somente quando o filho reconheceu em si os erros é que pode retornar ao pai. Somente reconhecendo nossas mazelas, assumindo-as, com desejo sincero e ação direcionada para dirimi-las é que encontramos aconchego no colo do Pai.
O Pai sempre nos aguarda e sempre estará presente. Onipresente, onisciente, amoroso em sua origem, é o movimento de nossa consciência na assunção dos defeitos é que nos faz capazes de perceber e nos movimentar na direção da corrigenda. Nossos mentores anseiam nossa melhora, aplaudem nosso progresso, choram nossas derrotas, mas somente a consciência delituosa tornando-se consciente dos seus delitos é que movimenta-se na direção do progresso. Ninguém salva ninguém; salvamos a nós mesmos na medida em que nos tornamos conscientes de nossa capacidade e de nossa vontade e nos movimentamos na direção do progresso.
Não há outro caminho para a paz interna do que o trabalho, o auto perdão, a reforma íntima, a sagrada caridade para consigo, para com o outro. Sejamos exemplo, sejamos coragem, sejamos humanos e assim nos aproximaremos da angelitude.
Graças a Deus.