Mensagem do Caboclo Sete Montanhas em sessão de Boiadeiros do dia 27 de agosto de 2016.
Graças a Deus, que a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos nesta tarde, onde mais uma vez nos reunimos em nome de Jesus. Disse Jesus que todas as vezes em que duas ou mais pessoas se reunissem em seu nome, que este estaria presente. E assim vem acontecendo em vosso mundo e em todos os mundos onde Jesus haja passado um Jesus; quando as pessoas se reúnem em nome de seu governador espiritual, símbolo do amor da caridade; ele está presente. Porque todos aqueles que estão com Jesus sentem o bem estar que o bem faz, que o bem feito desinteressadamente e tão somente brotando naturalmente do ser humano, pois o bem quando é natural, embeleza a criatura pelo bem estar que proporciona. Não necessitamos anunciar quando fazemos o bem, porque nossa própria luminosidade o transmite às pessoas que o percebem.
Toda caridade anunciada, toda caridade que necessita ser apregoada, não está sendo sinceramente executada, porque a caridade requer o silencio, o anonimato, o desinteresse, para que possa fazer valer em vosso mundo o bem que distribui. Quem faz a caridade desinteressadamente não escolhe a quem faz e tão pouco está interessado em ser reconhecido, pois sabe que fazer a caridade faz bem para si.
Fazer a caridade é uma das várias oportunidades que o ser humano tem de alcançar o, tão sonhado e apregoado em vosso mundo, Reino de Deus. Assim como é a mediunidade, a paternidade, a maternidade, a fraternidade, a humanidade. Tudo aquilo que se faz em vosso mundo, todas as atividades a que o homem se dedica podem ser portas para o Reino de Deus desde que feitas com o seu coração limpo, com o seu coração em sintonia com a bondade que Deus espera que o ser humano tenha.
É por isso que Jesus relatou em suas Parábolas que o Reino de Deus se assemelha a um grande rei que convocou sua população para as bodas de seu filho, e mandou que seus servos fossem convidar as pessoas do reino. Nessa convocação ninguém atendeu ao chamado do Rei para as bodas. Ele mandou seus servos em uma segunda convocação. Dessa vez as pessoas disseram que não estavam interessadas e foram para o campo, foram para o mar, foram para as montanhas; alguns inclusive açoitaram os servos que lá foram convocá-los. Em uma terceira convocação, o rei ordenou que chamassem a todas as criaturas que encontrassem pelo caminho, pelas encruzilhadas. Qualquer que atendesse ao chamado seria bem vindo às bodas que estavam celebrando. O palácio se encheu de pessoas que festejavam aquilo que o rei lhes proporcionava. Passa que o rei encontrou um homem e lhe perguntou: o que fazes aqui? Este disse: Fui convocado para as bodas as quais estou celebrando. Então o rei disse: Se fostes convocado para uma cerimônia, para algo tão importante, por que não estás vestido com sua túnica nupcial? E dizendo isso, chamou os guardas e mandou que o colocassem para fora onde havia a iniqüidade.
Cada um que ouviu esta parábola em princípio não a compreendeu. Na alegoria de Jesus encontramos justamente a prática humana ao ser chamado por Ele; muitos não se interessam pela sua palavra. E em uma segunda oportunidade simplesmente tratam mal, debocham de quem serve a Ele, porque não lhes interessa esta palavra. Muitos aceitam o convite de Jesus, muitos vestem a roupa branca ou o hábito de qualquer religião que seja, para atender ao chamado de seu trabalho na esperança de poder estar no Reino de Deus, na sua celebração, símbolo da eternidade com Deus.
Mas para se comparecer diante de Deus, para estarmos a serviço de Deus é necessário que estejamos com nossa túnica nupcial. É necessário que estejamos apropriadamente vestidos, não necessariamente engalanados, mas a túnica nupcial simboliza o coração liberto das vaidades, liberto dos vícios da ignorância, é a pessoa que está realmente esta se preparando para poder trabalhar com Jesus. Não são palavras bonitas, não são as vaidades; é o coração puro que os prepara para estar com Jesus.
Então quando não estamos preparados para estar com Deus, necessitamos voltar às trevas exteriores, burilar o ego doentio, passar por tudo aquilo que necessitamos passar, para então melhorados estarmos diante com o coração preparado para estar com Jesus.
Muitos esperam que após seu trabalho mediúnico sejam reconhecidos: “Oh, como se dedicaram!! Como abriram mão de tantas coisas e então agora merecem os louros e as glórias do céu!!” Não! Porque se não exercitaram vossa mediunidade com a humildade necessária, abrindo mão sim de certos prazeres, mas na certeza de que estavam fazendo o que era necessário e correto; não estarão em sintonia com Deus. Enquanto estiveram praticando vossos dons na esperança de ganharem algo no mais além, nada ganharão aqui e nada ganharão no mais além porque justamente ganha no mais além quem realmente se dedica e se despe de tudo aquilo que necessita despir para estar com Jesus e com todos aqueles que querem o bem e o bem de vossa existência.
Então é importante também saberem que não adianta estarmos reunidos em nome de Jesus, se vosso coração, se vossos olhos, se vossos ouvidos ainda falam mal de vossos companheiros de jornada.
Os filhos muitas das vezes se perguntam: “O que estou fazendo aqui?” Esta pergunta compete a cada um em sua individualidade. Mas enquanto perguntam o que o outro está fazendo aqui, estão mais preocupados com o outro do que consigo e isto não vos dá a túnica nupcial necessária para estarem juntos a Jesus, juntos aos trabalhos que realmente se dedicam à evolução do próximo, pois em questão de evolução cada um cuida da sua e se a espiritualidade permite que aqui estejam é porque sabe, porque confia em vossa capacidade.
Pois então é um contrato entre vocês, vossa consciência, vossos mentores e a direção espiritual de vossa casa. Não vos cabe qualquer julgamento neste assunto porque isto é assunto de fórum íntimo da espiritualidade, de sintonias que são necessárias e que através dessas se espera que a pessoa cresça e quem não cresce retorna e faz de novo. Pois então que filhos possam cada vez mais saber-se sim, endividados porque é isto que vos coloca no prumo de vosso progresso, mas a cada vez que praticam a caridade que se desfaçam dos nós que atrasam vossa vida, que é o nó da preguiça, da ignorância, e do olhar do outro. Olhem para si! Cuidem do outro sim, mas olhem para si, porque é isso que vos desembaraça dos empecilhos do crescer da vida.
Muitos estão se perguntando: “Porque Sete Montanhas veio hoje, sem Sete Flechas chegar primeiro?” Para que filhos percebam que a espiritualidade toma as atitudes necessárias na hora necessária. Porque a mensagem que vos damos hoje necessita ser o complemento da mensagem anterior para que filhos não percam o fio de vosso prumo. Porque cada vez que filhos trabalham com Jesus, cada vez que filhos se dizem amantes das palavras da casa onde estão, é necessário então que estejam preparados para tudo que vem da espiritualidade que vos comanda.
Tenham confiança em vossos comandantes para que possam trabalhar em sintonia com eles. Na medida em que a desconfiança e que o medo tomam conta de vosso coração, filhos se distanciam de nosso trabalho.
Então convocamos a todos para estarem cuidando de si, para que então possam cuidar do outro.
Graças a Deus.