Mensagem do Caboclo Sete Montanhas em sessão de Mesa do dia 19 de novembro de 2016.
Graças a Deus.
Bendito e louvado seja o nome de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Graças te damos grande Mestre, Senhor do Universo, criador de todas as Criaturas existentes.
Que seu amor se derrame neste momento sobre este ambiente e sobre tudo aquilo que criastes.
Que sejamos sempre dignos da sua presença, da sua luz e do seu amor.
Que o grande Mestre criador de tudo, onisciente e onipresente, permita que tudo chegue até nós em seu momento certo, em seu momento aprazado e que saibamos que o relógio que conta as horas da nossa existência jamais se atrasa ou se adianta. As areias que correm na grande ampulheta da nossa vida caem exatamente a cada grão, a cada momento construindo a nossa existência através das varias experiências que necessitamos conhecer e, muitas delas, construímos com nossas próprias atitudes.
Que saibamos ser sempre gratos por cada evento que nos constrói o caráter e a dignidade e também a cada um que desconstrói os nossos preconceitos nos ensinando, nos fazendo renascer do lamaçal em que antes atolávamos. Tal qual o Lótus que da lama nasce, que cada soerguimento do ego doentio seja o louvor ao grande criador e toda a sua onipresença, onisciência a guiar a ebulição na qual evoluímos e crescemos.
Aproximam-se os momentos de reflexão de todos aqueles que se veem finalizando um período de trabalho e é sempre comum neste momento olharmos por cima dos ombros para analisar o quanto caminhamos. Não é um caminhar físico é um caminhar mental. é um caminhar emocional do quanto conseguimos progredir ou distanciarmo-nos das fases infantis, das crenças e do conhecimento. Que tenhamos dignidade e coragem para assumir o pouco que caminhamos ou o tanto que ainda falta a caminhar, sabedores de que é nossa responsabilidade o avançar de cada etapa. Sabedores sim, de que os mentores nos intuem, nos induzem, nos envolvem, velam por nós, mas temos plena consciência neste momento de nosso crescimento que a sede só se aplaca quando o sedento busca pela água. As respostas só chegam ao nosso encontro quando somos nós que as formulamos, quando assumimos o nosso compromisso com o nosso crescimento.
Lembremo-nos dos tempos em que ao visitarmos a casa de um parente, de um vizinho, de um estranho, não adentrávamos o ambiente sem antes retirarmos o calçado empoeirado para não perturbarmos a limpeza do ambiente com a nossa poeira. A poeira da nossa estrada, da estrada que construímos e da mesma forma que saibamos nos descalçar, nos despir de todo preconceito de todo sentimento em desalinho para adentrarmos em nova fase, descalços, simples, pés no chão, em uma casa preparada por Deus para o nosso crescimento. Que saibamos retirar a poeira, a lama, tudo aquilo que embaça nosso brilho, para brilharmos com o semelhante, para auxiliarmos o brilho do semelhante. Para também recebermos todo influxo, toda ajuda da qual necessitamos e que possamos seguir sem a necessidade do fingir. Tenhamos consciência da nossa pequeneza sem com isso fazer dela um entrave para o nosso crescimento e nosso aprimoramento.
Que neste momento de reflexão tenhamos muito mais agradecimentos do que pedidos; tenhamos muito mais a olhar com olhos de dignidade do que esconder debaixo de nossos tapetes.
O progresso do ser humano é uma estrada que ele percorre sozinho. São estradas paralelas, algumas se tocam, mas são caminhos que cada um percorre completamente só, porque a vida é construída com as experiências que se tem, que vivemos, que buscamos, que construímos. O final de cada estrada é sempre o mesmo. Independente das voltas que se dê o destino é sempre o amor de Deus. Vícios e vaidades só fazem a estrada ser mais sinuosa e demorada. Diante disto, consigamos nos desfazer da bagagem que pesa e que nos faz entortar o nosso caminho e busquemos nos exemplos que temos dos mentores que escolhemos, e que a vida nos deu, e acima de tudo o exemplo incorruptível do Nazareno, para com ele estarmos e celebrarmos a libertação íntima do nosso flagelo.
Graças a Deus.