Mensagem do Caboclo Sete Montanhas em sessão de Descarga do dia 09 de setembro de 2017.
Graças a Deus.
Que a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos nesta reunião de Descarga, na qual os filhos se reúnem para fazer a higienização com o completar de um ciclo de trabalho; e também para acertar assuntos internos. Neste reunião também nos dedicamos ao desenvolver mais focado dos médiuns. Não só os iniciantes como também os que já trabalham há mais tempo; permitindo que esta reunião íntima vos deixe em tranquilidade para que possam exercitar esta sintonia. Quando a assistência se faz presente com os olhos da curiosidade, o médium ou se retrai ou gosta de ostentar, ao passo em que quando estamos em uma reunião íntima temos condições de, mais ostensivamente, liberarmos ou tolhermos o que é necessário ser insuflado ou tolhido, porque no caminho do desenvolvimento mediúnico o médium é exposto a todo o momento a um eterno despertar de si, a um eterno conhecer a si.
Tal qual Paulo no caminho para Damasco, montado em seu cavalo teve uma visão, uma luz ofuscou sua vista e também a do seu animal e Paulo teve a visão de Jesus. Paulo dedicava-se à perseguição dos cristãos, na tentativa de coibir a doutrina e todos os que a seguiam. Nesta visão Jesus perguntava a Paulo: “Por que me persegues?” com isto, seu animal assustou-se empinando-se nas patas traseiras e assim de descreve a queda de São Paulo, quando ele vem ao chão e perde a visão e é orientado que siga a viagem e busque o sacerdote Ananias que dele cuidaria. Com isso Paulo teve sua cura e sua conversão passando a ser um dos mais fervorosos defensores da palavra de Jesus quando introjetou sua mensagem e compreendeu sua importância.
Assim também é o médium em seu caminhar mediúnico; terá várias quedas. Terá quedas quando tiver que reformular seus conceitos, suas verdades. Muitas vezes a pessoa entra para uma casa religiosa assumindo a mediunidade, mas não quer abrir mão de prazeres ou atividades que não cabem mais em seu momento; ou cabem menos. Então cabe ao médium adequar-se; é quando ocorrem as desilusões, quando percebe que a vida anterior não se adequa mais à vida atual; e na tentativa de atrasar o luto de deixar de ser quem era, sofre e tem quedas, se sente perseguido e não consegue ver o que está à sua frente, mas é a constância, é o auxílio dos que estão há mais tempo neste caminho é que vai fazendo com que o médium se adeque, mas para isto é importante, tal qual o fez Paulo, aceitar e passar de uma postura arraigada, fixa e dura de não aceitar opiniões contrárias e saber e aceitar que existe uma força maior, uma verdade diversa da nossa e nos permitir aceita-la.
O médium sofre porque não aceita que tem que mudar, que é preciso mudar para adaptar-se. Esta mudança não é brusca, mas existe e vem com dores, pois na medida em que percebemos que desperdiçamos o tempo que poderia ter sido usado de outra forma e isto dói porque o tempo que vai não volta. Na medida em que sabemos aproveitar o tempo de agora, conseguimos seguir adiante com menos dor.
É importante nos espelharmos na figura de São Paulo para entendermos que existe uma verdade, algo que devemos buscar, mas também precisamos entender que a verdade não é só nossa e que nossa verdade se adequa de acordo com a nossa capacidade de entende-la. Que o médium possa perceber que pode fazer tudo, mas que precisa entender que este tudo é dosado, que este tudo é equilibrado e que nem tudo que fazia ou que faz se adequa em seu momento atual. Permitam que se vá, agradeçam a experiência e o conhecimento que adquiriam, mas permitam que se vá para poderem realmente crescer e terem equilíbrio, porque este é o caminho da vida: a criança larga as fraldas; os adolescentes largam as malcriações, o adulto larga a teimosia e o idoso consegue perceber cada fase de cada um dos que estão crescendo ao seu lado.
Graças a Deus.