Mensagem do Caboclo Sete Montanhas em sessão de Mesa do dia 09 de Fevereiro
de 2019.
Graças a Deus.
Bendito e louvado seja o nome de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Graças te damos Senhor pelo caminho que se desdobra à nossa frente; todo um
ano de possibilidades, de promessas, de realizações, de trabalho. Iniciamos o ano com o
agradecimento pela oportunidade de estarmos crescendo junto com todos estes que
buscam o esclarecimento.
Damos boas vindas a todos os trabalhadores, depositamos em cada um a cota de
talentos necessários para que deles extraiam o melhor que puderem e que se esforçarem
para conseguir. Sabemos que muitos tenderão a esconder os talentos com medo de que
se percam, sabemos que muitos tentarão, sabemos que existirão dúvidas e ansiedade,
atropelos, disputas, mas a todo o momento rogamos a Deus, que tudo provê, que em
todo momento está presente em nossas vidas e rogamos principalmente às sementes da
responsabilidade e da cristandade semeadas há tanto tempo em vossos corações para
que a caridade fale mais alto, para que a responsabilidade e o respeito sigam criando
raízes, não permitindo que as vaidades individuais e as faltas de sintonia tolham o
trabalho que precisa e vai ser executado. Tal qual o jardineiro diligente, extirparemos as
ervas daninhas que porventura salientem-se meio à nossa plantação. Temos plena
consciência de que todo progresso exige a sua cota de dor e de disciplina para que se
alcance a vitória. Temos confiança na vossa capacidade de crescimento, mas também
temos ciência do quanto o ser humano é passível de falhas, e rogamos às sementes da
humildade e do discernimento para que se façam presentes a todo instante.
Tal qual solicitado na prece de Cáritas para que os espíritos consoladores
espalhem por toda a parte a paz, a esperança e a fé; que cada membro de nossa corrente
busque ser um espirito consolador que espalha por onde passa a paz, a esperança e a fé.
É isto que se espera de todo militante da seara de Jesus; que saiba onde quer que esteja
honrar, onde quer que esteja, a paz que transmite; com a sabedoria que exala sem se
impor, tão somente sabendo amar-se e distribuir amor.
Tal qual o instrutor diligente que fala a língua dos seus alunos que, se preciso
for, adequa seu linguajar ao linguajar limitado de quem lhe ouve para que a sua
mensagem seja ouvida.
Assim são os grandes líderes, assim são os grandes mestres quando percebem
que sua luz ofuscará os olhos de quem os observa; praticamente se apagam para estarem
na mesma sintonia, falem a mesma linguagem, gesticulem os mesmos gestos para que
assim sejam percebidos, compreendidos, amados e seguidos. Impor-se pela força é fácil,
porém é passageiro; assim que termina a opressão a revolta se faz presente. Ser
exemplo, ser um guia, ser cooperador; isto sim nos dá a autoridade da liderança que
serve, que orienta, que apascenta, que distribui paz e amor.
Três momentos importantes na vida de Jesus retratam a vida do ser humano.
Sabedor do seu martírio próximo, resguardou-se para orar e pediu ao Pai: “Afasta de
mim este cálice.”; horas depois preso ao madeiro recitou os versos sagrados repetindo:
“Pai por que me abandonastes?”; logo mais tarde disse com humildade: “Pai em tuas
mãos entrego o me espírito.”
É importante que o homem saiba que a vida é um eterno semear e colher. Toda
colheita tem direta relação com a semente que colocamos na terra, com aquilo que
fazemos conosco, com o semelhante, com a vida. Não adianta pedir ao Pai para afastar o
cálice da dor que nos trará a corrigenda, que nos trará de volta ao equilíbrio; precisamos
viver o que temos que viver. Afastemos a ideia do castigo, da vingança divina e
abracemos a ideia da responsabilidade por tudo o que praticamos. Em nosso desespero
nos sentimos abandonados por Deus, pelos mentores, pelos amigos, mas a dor quando a
entendemos como professora e quando o aluno abre o coração para a lição, gentilmente
entrega o espírito nas mãos do Pai e segue a sua vida vivendo com equilíbrio o seu
resgate.
Sigamos adiante com fé, não alimentando o desespero, buscando não mais nos
satisfazer com o sofrimento alheio. Diante dele, se nada podemos fazer, ao menos uma
oração podemos proferir. Mas se algo está ao nosso alcance,, não hesitemos em fazer o
que nos cabe sempre respeitando o limite do nosso conhecimento e da permissão
daqueles que necessitam da nossa ajuda.
Tenhamos em Jesus o exemplo a ser seguido. Ninguém tem notícias do que
houve depois das curas e libertações que Jesus efetuou. Se a mulher pecadora seguiu
pecando ou se corrigiu, dos loucos e enfermos que curou; tampouco Jesus se preocupou
em demonstrar se o seu auxílio seguiu sendo auxílio; ele apenas fez o que precisava ser
feito e seguiu seu caminho. Muitas vezes nos perguntamos “Para que vou fazer isto?”,
“Por que devo ajudar?”, “Para que gastar meu tempo?”. Tão somente trabalhem seja
com o hábito branco, seja em que seara militem, façam a vossa parte. É isto que Deus e
a espiritualidade sadia espera de vós.
Deixem de lado o julgamento, deixem de lado as palavras que ferem. Busquem
ser exemplo sempre para que exemplificando se aproximem do Mestre Jesus.
Graças a Deus.