Mensagem do Caboclo Sete Montanhas em sessão de Descarga do dia 16 de
Fevereiro de 2019.
Graças a Deus.
Que a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos nesta manhã em que
nos reunimos em nome de Jesus.
Disse Jesus que a cada vez que duas ou mais pessoas se reunissem em seu nome,
que ele estaria presente e assim o povo cristão vem se reunindo. Inicialmente nas
catacumbas de Roma ou onde houvesse seguidores do Cristo, ali estavam eles
discutindo a sua doutrina, trazendo a sua visão para o mundo na qual impera a lei do
amor, da compreensão, o perdão a todo instante. Com toda a perseguição imposta aos
cristãos por motivos políticos ou religiosos, os cristãos eram capturados e, não raro,
jogados às feras nos circos para a contemplação do povo seguindo os costumes dos seus
jogos bárbaros, aos nossos olhos, mas comuns em sua época.
O importante a ressaltar é que os cristãos iam todos para o seu martírio com a
certeza de que estavam se libertando de algo que os oprimia; com a certeza de que
jamais negariam a sua fé. E com esta crença seguiam sendo exemplo praticando a sua
verdade. Queremos hoje falarmos sobre a fé e o que é a fé senão a crença em forças
maiores que as nossas e que interferem em nossa vida e nos acontecimentos. Passa
filhos que tanto existe a fé no bem como existe a fé no mal.
A fé no mal alimenta o medo. A cada vez que desenvolvemos o medo, que
permitimos que o medo se instale, estamos acreditando que algo de ruim acontecerá a
despeito de nossa vontade e de tudo que pudermos fazer para evitar. O medo é acreditar
que o mal se sobreporá, acreditar no mal é enfraquecer a força que temos no bem.
Necessário se faz lembrarmos passagens da vida de Jesus para que possamos
entender como a fé e as atitudes positivas aliadas a ela fazem o alicerce necessário para
que o bem aconteça, que a vida flua com naturalidade. Entrando Jesus em Cafarnaum
foi procurado por um centurião que lhe disse que um servo seu, por quem tinha grande
apreço, estava doente e tenderia a falecer. O centurião pediu que Jesus o curasse; Jesus
disse “irei à sua casa”. O centurião respondeu “não sou digno de que entreis em minha
morada, mas dize uma só palavra e meu servo será curado 1 ” ao que Jesus respondeu
“Quero que seu servo se cure.” e mais tarde se teve noticias de que o servo estava
curado. Então Jesus disse admirado aos seus apóstolos que jamais havia visto em toda
Israel tamanha demonstração de fé, mesmo entre o seu povo, mesmo entre aqueles que
com ele dormiam e comiam havia aqueles que duvidavam do seu poder, mas um
centurião romano, praticamente um adversário chegou até ele, reconheceu o seu poder e
conseguiu o que pediu, porque se abriu para que aquilo acontecesse. Devido ao seu
merecimento e ao merecimento do servo assim aconteceu porque tais coisas estavam
previstas na trajetória de Jesus.
1 Mateus 8:8
Mais tarde no lago de Genesaré uma tempestade se fez e ameaçava o barco onde
estavam Jesus e seus apóstolos, pois era grande a fúria das águas, do vendo e da chuva.
Jesus dormia tranquilo enquanto os apóstolos estavam amedrontados e foram acorda-lo;
ao que ele respondeu “Por que temeis, homens de pouca fé 2 ?” e dirigindo-se ao vento, ás
águas e à chuva repreendeu-os e tudo se acalmou e os discípulos ficaram se perguntando
quem era aquele que até o vento e as águas obedecem.
Com tudo isto observamos, com preocupação, como as notícias de final do
mundo, de catástrofes amedrontam e têm amedrontado o povo da Terra imaginando o
fim do mundo, imaginando cataclismos e catástrofes. Então o homem dissemina
notícias inverdadeiras, dissemina o medo ao invés de procurar trazer o equilíbrio para si.
O medo é a crença no mal, o medo tira a força da fé que temos em Deus e a fé é o saber
que tudo o que acontecer o é de acordo com a vontade de Deus, independente da nossa
vontade. Se é a vontade de Deus, é para o nosso bem. Ter fé é estar obediente a tudo o
que temos que passar e não fazer com que a divindade se adeque aos nossos desejos.
Diante de tanto medo, de tanto clamor, analisemos o que chega até nós para
saber se é verdadeiro, para saber se é coerente. Depois de analisarmos se é verdadeiro e
coerente, devemos analisar se vale pena ser repassado ou se apenas alardearemos o
medo e o desequilíbrio. É nosso dever de religiosos fazermos o que for possível para
amenizarmos o sofrimento, auxiliarmos o próximo, nos protegermos a assim sermos
verdadeiros cooperadores da espiritualidade no planeta Terra.
Que tenhamos a consciência de que a nossa fé necessita nos alimentar e saber
que se Deus manda, (graças a Deus!), o que posso fazer? Onde posso ser útil? E não
levantar a mão à cabeça e gritar por socorro. Precisamos nós sermos os socorristas
dentro da capacidade de entendimento e de forças que temos para fazer com que a vida
tenha tranquilidade.
Graças a Deus.