Mensagem do Caboclo Sete Montanhas em sessão de Mesa do dia 30 de Março de
2019.
Graças a Deus.
Bendito e louvado seja o nome de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Amigo e Mestre Jesus aqui estamos reunidos em teu nome; e quem em teu nome
possamos trabalhar, dignificar tuas mensagens e seguir os teus passos.
Seja a lua minguante a lua que quebra o nosso orgulho, diminui a nossa vaidade,
reduz a intolerância e nos faz percebermo-nos pequeninos diante da tua grandeza; seja a
lua nova a lua que traz a esperança, a lua que refaz os sentimentos, que desperta os
sentimentos nobres o perdão, a simpatia, a fraternidade, a irmandade, o amor
desinteressado para que possamos ter o combustível para darmos prosseguimento aos
nossos trabalhos; seja a lua crescente a lua que nos insufla a coragem de sermos quem
precisamos ser, a coragem para enfrentar as dificuldades, o direcionamento para
sabermos para onde iremos, para onde queremos ir, e este local é onde tu estás; seja a
lua cheia a lua da plenitude, a lua que nos coroa com a felicidade do trabalho realizado
em teu nome, todas as práticas que dignificam tua presença em nossa vida. Seja a lua, a
grande mãe, senhora dos mistérios a nos guiar na noite de todas as dúvidas e medos que
assolam a nossa existência, para que quando o sol nascer trazendo a luz estejamos
amparados na boa prática, na vivência sadia dos teus mistérios. Que a tua luz e a tua paz
nos banhem em todos os momentos de nossa caminhada.
Grande senhor de luz e de harmonia, somos pequeninos diante da tua grandeza e
grande é a nossa expectativa para que possamos alcançar-te, imitar-te e fazer de nossa
existência a réplica de tuas palavras e de teu exemplo.
Depois de gastar toda a fortuna que lhe cabia, porque o pai já havia feito a
divisão dos bens entre os dois filhos que tinha; um permaneceu com o pai enquanto o
outro seguiu para viver a sua vida e gastar a sua parte. Gastando tudo viu-se em
necessidade, viu-se comendo com os porcos, viu-se mendigando por migalhas e , caindo
em si, retornou ao seu pai e disse que não era digno de ser chamado de seu filho. O pai
o recebeu, o pai lhe colocou um anel em seu dedo, ordenou que lhe calçassem os pés e
que trouxessem um manto e em homenagem ao seu retorno promoveu grande festejo.
Eis em resumidas palavras a parábola do filho pródigo. A grande importância é que o
filho pródigo caiu em si e teve a coragem de retornar o pai.
É importante que o ser humano perceba as suas necessidades, as suas
dificuldades, as suas qualidades. É importante que o ser humano busque e entenda que
precisa ser útil. É importante que o ser humano reconheça que as dores ou as alegrias
que a vida tem, todas são provas para que saiba vive-la bem e a partir desta experiência
melhorar-se. Todas as oportunidades, todas as pessoas que cruzam o nosso caminho são
degraus para a nossa melhora, mas é importante que ao cairmos em si, ao termos esta
consciência, tomemos a ação que traz a melhora. Tomar consciência não basta; tomar
consciência sem tomar ação é permanecer na inércia e tomar ação requer coragem;
coragem de praticar a boa prática de lutar o bom combate tal qual o apóstolo Paulo nos
incita 1 . Somos filhos pródigos de nós mesmos quando percebemos o quanto de mal
fazemos a nós mesmos no cilício emocional da vaidade que não permite voltar atrás ou
pedir perdão, no excesso de julgamento de si mesmo. Toda vez que nos decepcionamos
com alguém precisamos pensar e verificar se não estamos exigindo deste alguém algo
que ele não pode nos dar; não que não queira, mas simplesmente não pode porque não
tem para nos dar. Precisamos nos avaliar par saber se nós também para dar o que
estamos esperando que o outro nos dê.
Que possamos entender que o tamanho da nossa mágoa, melindre ou decepção
pode ter a mesma medida da nossa vaidade ao cairmos em si voltamos para nós
mesmos e pedimos perdão a nós para recomeçar a jornada. Muitos empecilhos que
encontramos em nosso caminho são colocados por nós mesmos: “Eu não posso”, “eu
não tenho tempo”, “eu não estou preparado”, “eu não tenho coragem” e a cada vez que
nos depreciamos ou nos impedimos estamos tolhendo o nosso progresso. Ao nos
perdoarmos pelo excesso de vaidade e pela cegueira de si mesmos, quando nos
perdoamos pelo tempo que não vivemos bem, voltamos a nos calçar, a colocar em
nossas costas o manto protetor para seguir nossa caminhada e festejamos conosco as
bodas de retorno ao nosso prumo e à nossa trajetória.
Que o Mestre Jesus cuja vida é exemplo para todos que o seguem esteja em cada
um de nós; em nosso martírio íntimo de autolibertação, de autocarrinho; que possamos
reconhecer e agir em todas as nossas debilidades; já sabemos quais são, basta eleger
uma a uma, trabalhar cada uma delas para que saiamos vitoriosos. Quando se fala em
reforma íntima, quando se fala em melhora interior, quando se fala em amadurecimento;
não significa que devemos abrir mão de nossa essência, negar a si mesmo e modificar-
se radicalmente; ninguém muda, mas cada um se melhora. Amadurecer não é negar a si
mesmo; amadurecer é fazer daquilo que se tem a ferramentas para viver melhor.
Graças a Deus.