Graças a Deus.

Aqui estamos nós reunidos para mais uma pratica mediúnica dentro do ritual de um terreiro de Umbanda.

Aqui estamos nós reunidos em nome de Jesus e este disse que a cada vez que duas ou mais pessoas se reunissem em seu nome ele estaria presente.

Então aqui estamos nós, cristãos, reunidos em nome de Jesus para que possamos com essa prática relembrarmos aquilo que precisamos lembrar, porque quando se ensina alguém lembramos aquilo que já sabemos. Vamos buscando fazer com que a memória permita que subam os conteúdos, que fazem parte da mente humana pra que possam encontrar lugar à luz da consciência. Muitas vezes filhos já sabem o remédio que precisam para a cura de vossas mazelas mentais ou emocionais, mas a consciência não lançou luz naquele conteúdo. O que fazemos quando entramos em um ritual, o que fazemos quando pregamos, o que fazemos quando buscamos que filhos pratiquem coisas para que a consciência se expanda e a sua luz clareie os conteúdos que precisam ser relembrados para que uma vez despertos possam encontrar lugar dentro de vossa pratica. Para isso servem os rituais quando pedem silêncio, para isso servem os rituais quando pedem jejum, afastamento, um comportamento que precisa ser trazido para a vida diária e com isso a vida encontrar o seu lugar. A magia está ai: Fazer com que a consciência permita que aquela sabedoria venha aparecendo e assim o ser humano siga a sua vida compreendendo seu lugar no mundo o seu papel, para que assim siga livre. Livre, pensador, livre fazedor das coisas que precisa fazer.

O ser humano prega muito pela sua liberdade de fazer o que quer, de pensar o que quer, de dizer o que quer, mas passa que não basta a liberdade por si. A liberdade tão somente solta, sem uma diretriz com se fosse a natureza pujante, sem controle como um rio caudaloso que passa de suas margens e destrói a pradaria, ou destrói a própria mata ou afoga animais. A própria natureza precisa que cada coisa tenha a sua força no lugar propicio para que siga sendo pródiga em vida e em abrigar o progresso das criaturas que em vosso mundo habitam.

Da mesma forma é a tão propagada liberdade que o ser humano nos dias de hoje. Precisamos sim ser livres, mas livrarmo-nos de que? O ser humano precisa saber do que ele está buscando a libertação, porque se está buscando a libertação de um vício, descubra qual é esse vício. Vicio material? É um vício de uma dependência química? É um vício moral? É um vício emocional? Qualquer vício vos aprisiona e vos tira o comportamento saudável e a paz. Quando filhos identificam de que vício, de que mal, de que grilhão querem se libertar, filhos buscam libertar-se tal qual os cativos quando tinham um senhor que lhe fazia mal buscavam a fuga, buscavam a sua liberdade, porque sabiam de quem e do que estavam se libertando.

Mas quando o ser humano tão somente quer ser livre, porque quer ser feliz, tal qual um adolescente inconsequente ele pode estar abrindo mão de coisas que lhe farão falta, de coisas que lhe compõem a essência e o caráter. A felicidade a qualquer preço não é saudável; se queremos ser felizes, devemos ser felizes como uma consequência das ações que praticamos. Sou feliz porque trabalho servindo tal coisa, sou feliz porque tal coisa me faz bem, e a liberdade é uma premiação e não uma finalidade por si, porque se filhos querem somente ser felizes filhos podem abrir mão da honestidade, podem abrir mãos dos laços familiares, podem abrir mão de um trabalho, podem abrir mão de coisas que dão sustento em vossa vida, ou emocional ou material. Então a pura liberdade não é saudável. Devemos saber do que queremos nos libertar. De um relacionamento que não é prazeroso? De um trabalho que não lhes faz bem? Mas o que buscarão? Então que filhos possam entender que a liberdade vem acompanhada da sua irmã a responsabilidade. E aí sim temos a escolha do que queremos fazer para sermos livres e para sermos felizes. É a capacidade de escolher, é o discernimento que dá ao homem a sua real liberdade.

Graças a Deus.