Graças a Deus.
Que a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos vocês nesta tarde em que filhos se reúnem em nome de Jesus. Disse ele que toda vez que duas ou mais pessoas se reunissem em seu nome ele estaria presente.
Sempre abrimos nossas reuniões e se filhos observarem, em todas as cantigas, em todas as palavras das entidades de nosso terreiro se fala de Jesus e na Virgem Maria, identificando a nossa bandeira cristã e debaixo de qual egrégora trabalhamos. Debaixo da bandeira cristã vibramos, buscando estar dentro das diretrizes que Jesus ensinou, e entre essas estão a mansidão e o perdão das ofensas, honrar a Deus sobre todas as coisas, o amar ao próximo como a si mesmo.
Aproxima-se o dia de reverenciar os mortos. Dia em que filhos fazem honrarias aos que antecederam vocês na viagem de volta ao mundo espiritual, porque é uma viagem de retorno. Filhos sabem que a matéria é passageira. Por mais que filhos não guardem a consciência do antes da matéria e muitos, por mais que exercitem a mediunidade, e há religiões que pregam a existência e a comunicação dos espíritos após o desenlace, ainda paira muita dúvida, muitos questionamentos e muita fantasia. Nossas palavras de hoje não se dirigirão aos desencarnados, mas aos encarnados para que o vosso preparo para o mundo espiritual seja um preparo harmonioso, porque segue o homem sendo tudo aquilo que ele foi enquanto encarnado.
Muitas vezes, ao desencarnar um ante querido, alguém que muito de nós gostava ou que nós gostávamos deste, tendemos a endeusá-lo; a esquecer os defeitos que todo ser humano tem e até a solicitar a sua intercessão para problemas comezinhos e a proteção dos que aqui ficaram orientando em suas vidas. Uma postura que indica amor, mas é uma postura aos olhos da espiritualidade sadia, infantil. Respeitamos, mas é uma postura infantil, posto que o ser humano não se modifica com o desenlace.
Pegamos um diamante bruto, pegamos um diamante lapidado. Os dois no ar que se respira são diamante bruto e são diamante lapidado. Pegamos essas pedras mergulhamos na água; seguem sendo dentro d’água diamante bruto, diamante lapidado. O meio onde estão não lhes modifica a constituição tal qual filhos quando encarnados ou desencarnados; ou são diamantes brutos ou são diamantes lapidados independente da carne (ou não) que vos envolva. Então que essa consciência vos dê o ânimo para vos preparar para quando não mais imersos na carne estiverem. Para que possam acumular a sabedoria, que chamamos de tesouro, em vossa bagagem para que ao se desvencilharem das amarras da encarnação estejam com vossa bagagem preparada para seguir o vosso trabalho, mas em outro plano, em outras circunstâncias e com outra visão.
E é importante dizermos que é importante viver o agora, mas quando dizemos isso muitas pessoas entendem que é viver como se não houvesse o amanhã, viver com inconsequência. O viver o agora é saber que não consigo mais mexer no passado, mas ele é o meu aprendizado e eu preparo o meu futuro de acordo com o que eu vivo agora. Para que então eu acumule agora aquilo que eu desejo carregar para a diante e assim eu vou preparando a minha ida. E quando eu vivo o agora eu faço nesse momento aquilo que eu preciso fazer e que é de minha responsabilidade. Ao desencarnarmos levamos nossas culpas e nossas mágoas do que não fizemos enquanto encarnados, do amor que não damos, da atenção que não damos, das responsabilidades que não assumimos e aí começamos um vínculo obsessivo e desnecessário. Ou então quando permitimos que a nossa vida siga como se não houvesse amanhã e não damos atenção às responsabilidades para com nossos pais que já foram e aí nos arrependemos, não disse que amava, não fez o que devia ter feito. Por isso que é importante viver o agora com responsabilidade, fazer as coisas que precisamos fazermos hoje, para que a nossa morte seja um desenlace de tudo aquilo que é uma obrigação.
Que passemos então ao mundo espiritual com a bagagem completamente preparada para seguirmos a jornada que precisamos seguir. Então que sejamos aquilo que somos, ou diamantes brutos ou lapidados aonde quer que estejamos, mas vivendo aquilo que o momento requer e que o momento precisa.
Que então esse preparo possa desamarrar vossos medos e vossas culpas e permitirem que vossos entes queridos sim, se desfaçam dos invólucros carnais, se desfaçam dos passados que os prendem às mágoas e sigam a vida que precisam seguir para que a libertação se faça tanto deles como vossa. Graças a Deus.