Graças a Deus.
Que a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos nesta tarde em que se reúnem em nome de Jesus, e Jesus prometeu aos seus contemporâneos que cada vez que cada vez que duas ou mais pessoas se reunissem em seu nome ele estaria presente. E sempre que lembramos de alguém esta pessoa se faz presente, porque não permitimos que a sua memória se desfaça ao longo do tempo.
A cada vez que reverenciamos a memória de alguém vamos permitindo que esta pessoa siga viva em nós, conosco e é importante que lembremos aquilo que ela deixou de exemplos bons a serem seguidos, para que alimentemos o bem que se faz no mundo. Porque enquanto só lembrarmos o que ficou de mágoa, de tristeza, tudo isto repercute em outros planos da existência e leva toda esta sensação de desarmonia e desconforto àqueles que, muitas vezes sem entendimento, ainda se permitem mergulhar em suas lembranças dolorosas; ao passo que quando lembramos das pessoas com alegria, quando reverenciamos a sua existência com alegria, estamos despertando nela aquilo que ela semeou de bom e alimentamos para que siga em sua trajetória.
Ao passarmos pelo dia de finados, como filhos reverenciam em vosso mundo, não celebramos a morte e nem celebramos a saudade, porque para os filhos morte é sinônimo de sofrimento; daí o temor que todos têm da morte ou com dor ou com escuridão, enquanto que povos antigos isentos de valores distorcidos que os filhos hoje têm tão presentes; morrer era o encontro com a finalização, com a coroação da sua existência. Daí a necessidade dos guerreiros morrerem com honra, não fugirem às suas lutas, não fugirem aos seus compromissos estamos nós aqui reunidos, mais uma vez, na expectativa da presença de Jesus, através das vibrações, de seus emissários que comungando com ele, derramam conhecimento e benefícios em todo o orbe habitado por vós e as famílias celebravam seus guerreiros que morriam em batalhas, por que dentro de sua concepção estavam lutando pelo seu Estado, pelo seu povo e todo um engrandecimento de sua cultura e do seu amor pelos seus laços de consanguinidade. Honrar o pai e a mãe e a morte era tão somente mais um momento que a vida apresentava e não havia o temor e o desassossego dos filhos que encaram a morte como sofrimento, porque vem a culpa imposta pela necessidade de ser bom o tempo todo, de ser melhor do que o outro e de estar sempre vencendo, sempre em proeminência esquecendo-se da pequenez do grão de areia, da pequenez do mato rateiro, da pequenez de tudo que engrandece e embeleza a natureza e que cumpre o seu papel.
Então é importante que celebremos a vida quando cumprimos com nosso papel, quando percebemos que a morte chega sem avisar, que o ser humano vive apenas décadas; valorizamos mais o tempo que temos de encarnação e não valorizamos as mágoas e as dores em excesso, nem o ócio e nem a vaidade e percebemos que tudo é passageiro. Quando sabemos que a vida é passageira, valorizamos o que realmente importa, porque se dissessem que todos vocês morrerão hoje; com quem os filhos entrariam em contato para despedirem-se? O que fariam antes da morte chegar? O que seria realmente importante para deixarem no mundo? Deixariam de lado tantas coisas pequenas que valorizam e querem ter pelo prazer efêmero da posse e passariam a perceber que é o ser. O que somos? Quem somos? É esta a bagagem que levamos para o mundo espiritual.
Então que ao celebrarmos os que se antecederam na ida ao mundo espiritual, que celebremos com paz, que celebremos com harmonia, com gratidão para que assim possamos valorizar a vida enquanto estivermos na Terra, mas que entendamos que estamos de passagem em um mundo escola e que saiamos dele como aprendizes sempre e agradecendo por tudo que vivenciamos, porque também quando não cultuamos a gratidão repetimos as aulas até que o grande ensinamento da gratidão se faça presente em nosso coração. É a gratidão que abre as portas para as almas elevadas terem o entendimento da simplicidade que é a consciência em sintonia com Deus.
É importante amealharmos conhecimento. Importante conhecermos as ciências e os mistérios e as profissões. Tudo isto ocupa lugares na mente. É importante buscarmos o conhecimento, mas aliem ao conhecimento o amor e a gratidão, porque o conhecimento por si aliado a uma pessoa de má índole gera malefícios, desconforto e destruição. Na mesma medida em que buscam conhecimento, busquem também a simplicidade, o amor e a gratidão para que o conhecimento aliado a estes valores façam de vocês servos de Deus, para que vosso conhecimento, mãos e palavras sirvam o que é verdadeiro, belo e simples e não simplesmente ostentem conhecimento ou levem a discórdia e a maldade por onde passarem, porque o conhecimento em mãos erradas é melhor não ter.
Então passemos pela vida conhecendo, agradecendo, simplificando a existência e sempre sabendo-nos efêmeros no mundo de hoje. Tudo passa, a vida passará. O tempo nos impulsiona para frente; que saibamos ser dóceis com o tempo aprendendo, distribuindo benefícios e perceberemos que é o servir a nossa missão em todas as escalas de trabalho que temos na vida.
Graças a Deus.