Graças a Deus.

Que a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos.

Que ela se assente e encontre casa dentro de cada um de vocês. 

Tal qual o sol, Jesus se derrama no mundo não se preocupando se a sua luz banha o lodaçal ou banha o jardim, se ela banha a mata ou banha a cidade, se banha o rio ou se banha o mar. O sol e Jesus se derramam no mundo de maneira pródiga e assim como o sol se derrama no lodaçal sem se preocupar se a sua luz será mais ou menos tocada ou poluída depois de tocar a lama que ali está ou se ficara mais bela se toca a flor. Simplesmente o sol e Jesus se derramam no mundo sabendo que de si, se resplandece e nela está contida tudo o que o mundo necessita para seguir sendo o mundo, para seguir se aprimorando e engrandecendo toda a natureza.

Então que assim, como o sol e como Jesus, não tenhamos medo de nos espalhar no mundo e derramarmos aquilo que temos de melhor em nós não escolhendo quem vamos socorrer, quem vamos acolher, com quem vamos trocar o mesmo ar no mundo, no mesmo ambiente. Não tenhamos medo de quem somos e do que temos, porque quem conhece a si se resguarda e se doa de maneira não apenas pródiga, mas corajosa de se fazer no mundo tal qual se necessita ser. E cada um responderá a nós de acordo com aquilo que tem dentro.  Se buscarmos sermos quem somos, fazermos o bem e o melhor que temos, tudo que teremos de volta será o retorno positivo das ações que vamos derramando no mundo.

A chuva que cai pródiga do céu é a mesma água que tanto inunda a terra que já está encharcada ou que irriga a terra seca. A brisa que sopra pela manhã ou pela tarde é o mesmo vento, o mesmo elemento que refresca ou que leva desconforto do frio e dos calafrios da febre àqueles que a mesma brisa sentem.  

Do que fazemos busquemos fazer o melhor, porque cada um responderá com aquilo que tem dentro. Cada um responderá de acordo com a vibratória que tenha, mas uma coisa é certa; precisamos dar o melhor de nós como a natureza dá a brisa, como a natureza dá a água e dá o fogo dos elementos, sejamos pródigos na doação do bem e que cada um receba esse bem em sintonia com o que tem dentro; façamos a nossa parte. Por isso que muitas vezes não compreendemos o outro. Ao passo que alguém gosta muito de alguém, alguém desgosta muito desse outro alguém. Não depende do alguém que é gostado ou desgostado, depende do que temos dentro de nós que se assimila ou não. Então não precisamos nos esforçar para nos encaixarmos nos sonhos ou no mundo dos outros, precisamos fazer o melhor que há em nós, distribuir o bem que há em nós, sem expectativas de reconhecimentos, de aplausos, de estarmos sempre debaixo dos olhares de cobiça, ou de luxuria, ou de necessidade de nós mesmos. Espalhemos o bem e o outro receberá o bem que espalhamos de acordo com aquilo que tem dentro de si.  Não há como fugir.

E se precisamos nos harmonizar com os outros, precisamos então ter o bem dentro de nós, porque se os semelhantes se atraem, o bem que eu faço, será bem recebido e bem compreendido em qualquer lugar que eu vá. E do bem que eu tenho em mim, compreenderei o bem que há em toda criatura. Não precisamos nos encaixar na mentalidade ou na necessidade de ninguém, porque a lei da sintonia nos faz comungar e buscar e sermos atraídos onde somos necessários, onde somos úteis, onde seremos quem precisamos ser. 

A profissão que mais embeleza o mundo é o magistério. Sejamos, cada um, um pouco mestres e professores, porque aquele que ensina se obriga a aprender o tempo inteiro se reciclando, se harmonizando e buscando ser exemplo. Sejamos então mestres de nós mesmos  e espalhemos no mundo a sabedoria que temos e busquemos no outro a sabedoria que ele tem.

Graças a Deus.