Graças a Deus.

Bendito e louvado seja o nome de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Graças te damos senhor da luz. Graças damos àquele que orquestra o movimento dos corpos celestes; aquele que fez a harmonia de todo universo; o único cuja sabedoria é absoluta; o único cujo amor se expande em todos os campos e abrange todos os mundos, habitados ou não, plenos de paz, aquele que derrama dignidade em tudo que toca.

Agradecemos Senhor pela oportunidade do trabalho junto ao povo terrícola e rogamos que seus olhos complacentes, mas nem por isso isentos de energia, iluminem as consciências das mentes que vibram e que habitam o nosso orbe: a humanidade em estágio de evolução na busca de melhor conhecimento, mas ainda incipiente no uso do potencial que tem; mentes ainda ligadas à materialidade e ao excesso dos sentidos e que precisam esculpir o próprio caráter através das encarnações sucessivas, muitas dolorosas, frutos do carma acumulado. Derrama nessa humanidade a paz; a paz nas mentes sequiosas de paz ainda vibrando nos delitos e ainda se colocando muito aquém de suas possibilidades.

Senhor mestre do universo, nos colocamos nos postos de servos. Servos que buscam no silencio o trabalho constante dos que precisam manter a mente ocupada e focada, para que não haja brechas para a preguiça e para o ócio. Seja o trabalho constante os degraus que gradativamente nos levam, nos aproximam de ti.

E reza, rezam todos os mitos, que Deus fez o homem à sua imagem e semelhança; e rezam as leis que todos são iguais perante a lei, todos são iguais perante Deus. E mesmo assim o homem se pergunta onde está essa igualdade na experiência, nas oportunidades, no campo evolutivo, haja vista a enorme multiplicidade de seres encarnados e desencarnados, em vários estágios evolutivos. Onde está a igualdade tão buscada e tão pouco vista? Foi por isso que o discípulo perguntou a seu mestre, porque ele se sentia diferente dos outros irmãos. O mestre pediu ao discípulo que pegasse as três ânforas vazias que tinha ao lado, as preenchesse de água e retornasse. O discípulo foi à fonte, preencheu cada uma das três ânforas e as trouxe na presença do mestre. O mestre pediu que o discípulo provasse de cada uma das ânforas. O discípulo provou a primeira e era água limpa e fresca. O discípulo provou a segunda e era água amarga. O discípulo provou a terceira e era impossível bebe-la, porque era demasiado barrenta e impura. E o mestre perguntou: Pegaste da mesma fonte? E o discípulo respondeu: Sim, mestre. Esta água é proveniente da mesma fonte. E o mestre orientou: Pegue a segunda e a terceira, desfaça da água. Lave a ânfora, preencha novamente e traga. Assim fez o discípulo, desfez-se da água da segunda e da terceira ânfora, lavou-as, higienizou-as, preencheu-as com água e voltou na presença do mestre que pediu que provasse. As duas ânforas tinham água boa e limpa de beber. O mestre então esclareceu ao discípulo que as três ânforas foram feitas do mesmo barro, na mesma fornalha, na mesma olaria e as três ânforas receberam água da mesma fonte. Assim é o homem, assim é o ser humano. Provenientes da mesma origem, preenchidas com o mesmo hálito divino, mas passa que cada uma das ânforas teve uso, destinos diferentes e o homem se preenche das experiencias que acumula. É por isso que é necessário muitas vezes o expurgo, a limpeza interior, a tão conhecida reforma ou melhora íntima, para que possamos nos livrar do que amarga nossa existência, do que nos torna impuros. Processo nem sempre agradável, muitas vezes doloroso, mas extremamente necessário, para que nos prepare para recebermos e mantermos a água limpa, potável, pronta para o uso. Toda experiencia é válida, as três ânforas serviram ao que precisavam servir, viveram o que precisavam viver e em momento aprazado precisaram novamente retornar a sintonia com a sua origem, com a sua essência, para seguirem sendo iguais diante do criador.

Possa ao homem saber honrar e glorificar a sua experiencia e também se permitir as higienizações necessárias, para que possa alçar melhores patamares de uso de preenchimento do seu intelecto, da sua própria essência, seguir sempre em aprendizado e se permitindo sempre a felicidade do servir a todo momento.

Graças a Deus.