Salve!
Salve o tempo e salve o conhecimento.
Reverenciemos tempo e o conhecimento. Reverenciemos também a singeleza; a arnica que auxilia na remissão das dores, as dores do corpo, que também nos ajude a aliviar as dores da alma.
“Vinde a mim todos vós que estais cansados e eu vos aliviarei”. Não eu Magdalena, mas o Mestre. E ai o ser humano pensa que basta pendurar um crucifixo, ter uma imagem, botar uma roupa branca, falar de Jesus, mas a dor dele continua. É muito fácil pedir ao Mestre que venha, mas o exercício é ir até ele. Ir até ele! Caminhar o passo que ele caminhou perdoar realmente, ser útil realmente. Ah, mas eu nasci assim! Eu sou assim! Sou filho de Ogum! Não levo desaforo pra casa! Eu sou filho disso! Sou feiticeira! E o ser humano esquece de colocar o Orixá na frente dele de uma maneira positiva, de maneira saudável. O servir realmente em nome daquilo que seu Orixá representa. Viver com justiça, viver com amor, viver com foco, viver com paz. Isso é servir ao Orixá e não o colocar os seus defeitos como se fosse culpa dele. Porque se existe luz e sombra, a luz é o que esta mais próximo da divindade e a sombra é o que está mais distante dela. É uma questão de equilíbrio, de mudar a polarização.
Arrogância e humildade, são dois polos da mesma energia. Se me aproximo da divindade fico mais humilde, sabedora do meu papel, da minha função, mas se me afasto da divindade; me torno arrogante, fria, prepotente. Eu consigo transformar arrogância em humildade na medida em que eu busco mudar a mim, aproximar-me do meu Orixá. Porque se Ogum é coragem, não significa que eu preciso ser violenta. E o ser humano confunde e se afasta da sua divindade quando coloca seus defeitos dizendo que é assim por conta do Orixá que carrega e servir ao Orixá é muito mais simples, muito mais equilibrado do que isto. O exercício mediúnico a isto se presta; não para potencializar as nossas garras, mas para exercitar a nossa doçura. É assim que precisamos servir a Deus e aos Orixás. Nos aproximando deles, vivendo o que eles nos ensinam e não trazendo de dentro de nós o mais feio. Não coloquemos a nossa sujeira em baixo do tapete. Observamos ela e dizemos:preciso melhorar isso e só o ser humano que consegue fazer isso.
Eu posso transformar ódio em amor. São a mesma energia em polos diferentes, mas eu não posso transformar violência em amor. Posso transformá-la em coragem para caminhar junto do amor que eu preciso ter. Vários são os polos que precisamos acertar e várias são as falhas que abrimos quando polarizamos o lado negativo de nossa personalidade. O assédio sempre existirá. Sempre existirá! O chamamento da animalidade, o assédio de tudo que atrasa a vida do homem se faz presente, porque faz parte momentaneamente do mundo em que vivem. Mas a escolha consciente faz com que o homem busque selar essas brechas através do trabalho e da coragem para que o trabalho possa transformar tudo isso para o lado melhor que tem. E ai se liberta, e ai serve.
A fraternidade é uma palavra muito bonita, mas o seu equilíbrio é muito sutil e muito sensível aos apegos do egos e da vaidade. É o amor mais puro, o amor fraterno que se isenta dos apelos da carne e mira os apelos do espírito. Alimenta-se da sintonia de pensamentos, da comunhão de ideais. Manter este equilíbrio é o exercício que precisamos ter e o exercício constante, diário, nesta busca para termos dias amenos e até alegres.
Sejam amigos de seus pais, amigos de seus cônjuges, mesmos os que já se foram. Amigos! Amigos! Amigos dos irmãos, principalmente os que já se foram. Amigos, de todos que passaram em nossas vidas e deixaram recados. E ai nos libertamos. Quando se diz que só o amor liberta este é o amor fraterno, que entende e que respeita e que faz as engrenagens dos templos e das famílias funcionarem. Busquem a amizade.
Todos prontos?