Graças a Deus.
Que a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos vocês, nesta tarde em que se reúnem em nome do mestre Jesus.
Disse ele que a cada vez que duas ou mais pessoas se reunissem em seu nome que ele estaria presente, e aqui estamos nós, mais uma vez, reunidos em nome de Jesus na expectativa e na certeza da sua presença, cumprindo a promessa de estar presente na vida do homem que se coloca de baixo de sua bandeira mas, que ao mesmo tempo, vive os seus ensinamentos;porque o ser cristão exige uma reformulação, uma modificação tal qual o próprio Jesus que em sua época foi um revolucionário, relendo, fazendo uma releitura da lei, adicionamento ensinamentos para que o homem pudesse dar um passo adiante na sua evolução moral; para que pudesse ao dar um passo adiante no entendimento das criaturas e do amor de Deus para com toda sua criação, pudesse estar mais em sintonia com a divindade, com o que se espera dela através da ascensão da criatura humana na busca de maior conhecimento, porque todo conhecimento material e cientifico precisa ser acompanhado da evolução moral da criatura, porque não adianta a tecnologia estar avançada, não adianta a ciência estar avançada, todas as capacidades intelectuais do homem estarem aprimoradas, mas a sua moral, a sua sintonia com a bondade e com a justiça não estarem ou então utilizará todo seu potencial para o mal. E é como se déssemos a uma criança imatura um instrumento pontiagudo, uma faca, para que pudesse brincar. Essa criança vai se machucar e vai fazer danos a outros. Assim é o homem com muita inteligência, mas com pouco amor no coração; com pouca tendência à justiça, à bondade, à fraternidade e à preocupação em espalhar benefícios.
Então é necessário que o homem tenha sim, todo embasamento intelectual e formal para que possa viver e estruturar-se e contribuir para com seu mundo, mas é imperioso que esta criatura também seja exposta aos valores nobres que fazem com que a criatura cresça e o mundo evolua. E é por isso que disse Jesus, “Nem só de pão viverá o homem”, simbolizando o pão o alimento material necessário ao corpo, necessário à subsistência, mas também simbolizando todo o mundo material com seu conforto e com suas possibilidades necessárias à passagem da criatura humana pelo mundo. Porque foi a necessidade que fez com que o homem inventasse a roda e dominasse o fogo, porque o mundo material precisa estar adequado às necessidades do homem, mas não é só da materialidade, não é só do pão que vive o homem ou ele viverá na barbárie onde prima a injustiça, o egoísmo e todas as maldades que jazem adormecidas no coração das criaturas. “Nem só de pão viverá o homem”, porque ele precisa também ser exposto a valores. À fraternidade, à amizade, à esperança, à dignidade, à justiça e com isso alavancar o seu crescimento, e com isso fazer da mediunidade que possui um instrumento de caridade e de serviço, porque o homem completamente sensível ao mundo espiritual, mas que não foi banhado nas águas da fraternidade e da humildade utilizará o seu potencial mediúnico para o mal, se aliará às forças do mal e arrecadará cada vez mais dívidas e débitos para com a própria consciência, porque não existe maior juiz, juiz mais implacável do que a consciência culpada.
Então que possamos nos banhar em tudo o que o mundo material oferece para que possamos melhor servi-lo, mas que possamos ter a mente também banhada nas luzes que vêm do alto e que iluminam a estrada da evolução humana, porque não há maior prazer para a criatura endividada com a lei do que o servir, do que o que ser útil. Então que possam fazer com que a sua inteligência sirva ao mundo, que a sua inteligência sirva às criaturas sempre pensando no bem comum, no bem geral, na justiça, na equidade, na fraternidade, na dignidade, fazendo com que a família seja sagrada, porque todas as famílias são sagradas, honrando sua descendência, honrando suas origens, honrando sua vizinhança, honrando sua própria historia, espalhando o bem que precisa espalhar. Não se acomodando na preguiça, no ócio e não se escondendo através de medos ou através da inércia.
Tenhamos a coragem de sermos quem somos, e principalmente entender essa necessidade do pão material como também a do pão espiritual tal qual uma casa. Não basta termos uma casa bem alicerçada e confortável; precisamos ter uma mente alicerçada em valores, em juízos nobres para que nossos pensamentos encontrem bons ninhos e possam criar benefícios ao mundo. Não basta a beleza física que é passageira, precisamos também ter a beleza da alma. Almas nobres iluminam o mundo e com a sua presença fortalecem a esperança na humanidade e em tudo que o mundo precisa para seguir sendo um mundo habitado de maneira feliz e equilibrada. Não basta nos movimentarmos por ai em acessórios e maquinas ;precisamos também ter a mente sintonizada com a velocidade necessária ao mundo para que o pensamento possa ser a ponte que nos une com a divindade e com todas as sintonias necessárias ao nosso crescimento.
Saiamos da matéria. Vivamos nela, mas não permaneçamos presos a tudo que é passageiro, efêmero e ilusório. Possamos ver as verdades além da matéria que estão no servir, no aprender, no querer ser cada vez melhor, e na esperança de que toda criatura de Deus é possível de realizar os feitos que o próprio Cristo fez desde que se predisponha a crescer também junto com ele.
Graças a Deus.