Mensagem do Caboclo Sete Flechas em sessão de Boiadeiros do dia 20 de março de 2021.


Graças a Deus.

Que a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos vocês nesta tarde, banhados e imersos nas vibrações de amor e de paz que banham o nosso ambiente; estejam todos unidos em um pensamento para que essa união se transforme na energia propulsora do progresso que filhos buscam.

 Não existe progresso sem a sua cota de desconforto. Nem falamos em dor, porque tal qual quando filhos falam “Estou deprimido”, mas ainda conseguem falar que estão deprimidos e espalhar a sua depressão, desconhecem que a depressão retira toda força vital do ser humano e nem falar sobre ela esse consegue. Pois não confundam qualquer tristeza com uma depressão que é muito mais profunda, também não confundam dor com o desconforto.

O progresso traz desconfortos porque faz com que filhos reacomodem na vida e que revejam vossos valores, atitudes, traz toda uma mudança estrutural em vossa vida. A dor faz parte do sofrimento e o progresso não necessariamente precisa ser vivido com sofrimento. Progride com sofrimento aquele que não quer progredir, aquele que insiste em estar estacionário em sua evolução. Então a dor o fará andar adiante para acompanhar a evolução do mundo que o chama. Então se adapta com rancor às mudanças do mundo. Esse faz tudo isso tendo a reclamação, um saudosismo doente de como era bom quando estava em sua inatividade ou no seu conforto. Então é importante que filhos façam essa distinção. Desconforto é algo que faz com que filhos busquem a melhor posição, o conhecimento e vos impulsiona. A dor vos atrela ao sofrimento e nenhum sofrimento é bom. Sofrimento advém do desalinho do ser humano com as diretrizes de Deus. Ai sim o homem sofre.

Então que saibamos vibrar com melhores vibrações de forma a que tenhamos o combustível emocional e energético necessários para seguirmos mudando de acordo com aquilo que o mundo e que a vida e sua atual vibração exige. Lembremos que os dinossauros extinguiram-se porque não se adaptaram ao novo mundo. Ao passo que o homem que tem no planeta terra sua super população, se adapta às mudanças, consegue se adaptar às diferenças do clima, consegue com sua inteligência buscar, dominar a própria natureza. E na sua gana de progresso e de poder muitas vezes destrói espécies vizinhas.

É importante que o homem busque novamente o equilíbrio para que possa nessa harmonia seguir vivendo no mundo de paz e de harmonia. Lembremos as palavras de Jesus no Sermão da Montanha que diz: “Bem aventurados os mansos porque herdarão a terra”. É a mansidão a chave para que filhos possam encontrar a tranquilidade. Mansidão não no sentindo de inatividade, não confundam paz com ócio. Mansidão no sentido de vibrar com a paz e manter a paz. É necessário estarmos sempre em alerta para que os desvios de conduta, os desvios de comportamento, os pensamentos muito polarizados não tragam o desequilíbrio em vosso meio. E tudo que vos rodeia, todo desequilíbrio que está a sua volta, faz parte de todo saneamento pelo qual mundo precisa passar. E muitos diziam que estamos vivendo uma fase de transição, sim! E a fase de transição com maior desconforto é justamente essa em que filhos vivem.

Então que saibamos passar por essa transição com dignidade, com sabedoria, com agradecimento. Sabendo e confiando na justiça de Deus. Porque ele é toda justiça, bondade e amor. E tal qual aquele pai que não permite que seu filho brinque com um escorpião, também Deus em sua grande sabedoria sabe exatamente como e onde adequar e fazer com que seus filhos caminhem pelos caminhos em que precisem passar.

A justiça não é aquilo que vos satisfaz necessariamente. A justiça é aquilo que faz com que filhos se igualem. A justiça é aquilo que busca o beneficio para todos e não para este ou para aquele. O ser humano costuma dizer: “Deus me esqueceu! Isto não é justo!” Colocando-se numa posição egoísta de que Deus precisa servi-lo e beneficiá-lo. Esquecendo que é justamente o oposto. É o homem que precisa adequar-se e vibrar com Deus, para que através dele encontre o equilíbrio. E se tudo que vem de Deus é bom e justo, que venha o que vier e manteremos a nossa fé, a nossa confiança, o nosso agradecimento nos desígnios de Deus. Porque a vida é uma sucessão de fatos ao longo do tempo e a nossa reação ao que esses fatos nos causam, a nossa decisão de como reagir e se comportar. Então tudo que acontece conosco nada mais é que o somatório óbvio de tudo aquilo que veio antes. Sabedores disso comecemos então a ter reações adequadas aos acontecimentos da vida e aceitação para que possamos saber e conseguir passar por tudo isso com a dignidade necessária.

Que venha a vida e que venha o desencarne. Onde quer que estejamos sejamos úteis. O ser humano coloca sua roupa branca, coloca suas guias no pescoço, e em contato como mundo espiritual veicula palavras de espíritos desencarnados, mas quando se vê às portas dele mesmo desencarnar amedronta-se. Quando escuta sons diferentes do que está acostumado amedronta-se. Esquece que tudo isso é natural como respirar, como andar, como descansar. Porque querem na religiosidade apenas o aparato, aquilo que faz com filhos digam: “Oh que médium poderoso! Que médium equilibrado! Que guia mais belo!” Quando a beleza está na naturalidade que se convive com o mundo espiritual principalmente quando estamos às portas de fazer parte dele, quando aceitamos a nossa finitude, que somos perecíveis e que tudo que está aqui não nos pertence, o mundo material não pertence a nós. Nos utilizamos dele para que possamos através das experiências que nos propicia sejamos pessoas melhores. Utilizamos o corpo que ora habitamos, utilizamos a casa em que ora moramos. São degraus para nosso aprimoramento, mas não pertencemos a este mundo. A liberdade do espírito se faz em outros campos. Aceitemos isso! Aprendamos o quanto podemos enquanto aqui estamos, mas tenhamos a certeza de que a ilusão é o mundo onde ora estamos nos preparando para o mundo para onde iremos.

Tudo aquilo que vivenciamos e com o que vibramos, o que fazemos, como reagimos demonstram muito mais de nossa índole do que pensamos. Deixemos de lado então os julgamentos e busquemos as verdades que estão além das palavras, mas principalmente nos atos e nas vibrações que emitimos. Somos responsáveis pela nossa alegria e felicidade aqui e no depois do túmulo.

Graças a Deus.