Graças a Deus.
Que a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja presente junto a todos vocês que vêm, nesta tarde, na busca do contato com a espiritualidade para seguirem orientando-se no mundo transitório em que vivem.
Possa o homem ter esta certeza: Este mundo em que filhos habitam e que sentem o seu peso, que respiram o seu ar é o mundo da transitoriedade. Tudo nesse mundo é passageiro e perecível; que filhos possam ter esta realidade bem presente para perceberem que o importante é o momento onde filhos vivem; é o momento presente. O passado é uma referência e vos construiu. Muito do passado está em vosso alicerce; a cultura, os hábitos, os valores, a educação, mas filhos precisam entender que é preciso esses alicerces estarem atualizados para que possam permanecer no mundo do presente atuando com verdade e com dignidade; para que filhos não estejam em um tempo que não é vosso.
Ao mesmo tempo filhos precisam almejar o futuro e esse se vive a cada minuto, a cada segundo, porque o futuro está no próximo segundo que passará por vocês e o passado está no ultimo segundo que acabou de passar por vocês. Então valorizem o presente porque ele é a comunicação entre aquilo que filhos aprenderam e aquilo que filhos vão construindo. E a harmonia entre estes três tempos traz a saúde mental a vocês, traz a saúde emocional quando conseguem fazer com que vivam tudo isso com harmonia, com parcimônia e com alegria. Porque o ser humano tem um vício aculturado de apegar-se ao sofrimento.
Sofrer e sacrificar-se são os verbos mais conjugados pelo ser humano nos dias atuais. E aí ele justifica a sua existência estando sempre a sacrificar-se por algo, sendo sacrificado por alguém e com isso vai sofrendo alimentando enfermidades e feridas emocionais na expectativa de quando a morte o abraçar, encontre um mundo pleno de luz porque sofreu toda a sua vida e merece uma coroa de reconhecimento pela sua existência, muitas vezes vazia e egoísta. Então é importante que o homem deixe de conjugar tanto o verbo sacrificar-se e o verbo sofrer porque vos aprisionam em posturas não condizentes com o presente que Deus espera de vocês.
Há quem diga, e é verdade, que o mundo Terra é um mundo de provas e expiações, mas alertamos a todos que o mundo Terra não é só um mundo de provas e expiações. É um mundo, como todos os outros de resgate, de aprendizado; principalmente e devemos então perceber que não só o sofrimento nos ensina, mas também a felicidade e a labuta são moldadores de caráter e preparativos para um futuro melhor. Porque se nesse momento eu abraço a tristeza e a derrota e o sofrimento, ao partir para o mundo espiritual carregarei a bagagem que acumulei. Então é importante preparar a bagagem mais leve para que a jornada seja mais leve. E entendam com tudo isso que precisamos reformular o modo com que pensamos o mundo para que desabracemos, larguemos, tanta necessidade de sermos vistos pelo sofrimento e pelo sacrifício, porque dentro de vossa linguagem o sacrifício traz o sofrimento. São irmãos que caminham lado a lado, mas filhos não perceberam ainda que a palavra sacrifício, provém do tornar sagrado. Alguém que sacrifica algo, sacraliza aquilo, sacraliza o momento. Se eu me sacrifico estou abrindo-me para que o sagrado se faça presente em mim. É por isso que se sacrifica a hóstia na missa, para que o sagrado entre nela. Foi por isso que Jesus sacrificou-se pela humanidade, ele era o sagrado ambulando pelo mundo, mas filhos abraçam o sacrifício como o sofrimento distorcendo o conteúdo valioso desta conjugação verbal.
Então percebam que ao sacrificarem-se por ser mães e pais em nome de vossos filhos, para que tenham educação, para que tenham tudo isso, estão tornando sagrada a vossa missão de pais e mães. Não cobrem de vossos filhos aquilo que eles não vos podem dar. O sacrifício é vosso, quem está se tornando sagrado sois vós, pela missão que abraçaram de ser pai ou de ser mãe, ou de cuidar de vossos pais ou de cuidar de alguém. “Estou me sacrificando pela minha religiosidade.”, “Estou abrindo mão de ter um tempo com a família e com o divertimento em nome da minha mediunidade.” Graças a Deus! Sacralizem a vossa mediunidade. Sejam médiuns responsáveis, alegres, felizes, mas se não querem este tipo de contato dessacralizem e sacralizem onde estiverem. Sejam pessoas do bem aonde forem e aí sim estarão levando a vossa beleza, o vosso encantamento e a vossa luz aonde quer que se façam necessários.
Então que possamos largar este vicio da reclamação e abraçar mais o verbo do agradecer, do engrandecer, do procurar ser útil e fazer com que o mundo não seja só um mundo de provas e expiações, mas principalmente um mundo reparador de erros. Um mundo que vos dá oportunidades de crescimento e um mundo que vos faz seres em evolução na busca do progresso interminável na busca de Deus.
Graças a Deus.