Mensagem do Caboclo Sete Flechas em sessão de Caboclos do dia 02 de Novembro de 2019. Prece de Finados.

 

Graças a Deus. Que a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos nesta tarde.

Que a paz esteja convosco, que a paz seja convosco, que a paz de Jesus se derrame nos corações que assim o desejarem, que estiverem receptivos a ela.

Sempre falamos das palavras de Jesus, grande profeta, cujas palavras ainda ecoam em vosso mundo e que angariou seguidores ao longo de sua peregrinação enquanto encarnado e que seguiram reverberando, tendo eco nos variados idiomas e representações do pensamento; na pintura, na escrita; capilarizou-se pelo mundo entre todos os seus viventes.

Mas ainda assim, a palavra de Jesus, não é totalmente compreendida pelo habitante do mundo Terra. Poucos são aqueles que introjetaram a sua verdade e a sua força ou que conseguem ou conseguiram colocar em prática (realmente) as importantes assertivas de Jesus. O perdoar setenta vezes sete; o amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si. As bases da doutrina de Jesus todos veem como importantes e como catalisadoras de emoções e de corações, mas poucos são os corações que realmente as praticam sem dúvida, na certeza de que suas palavras trazem o bem estar necessário a todo espírito endividado. Tudo isto por conta do egoísmo que ainda é pulsante no homem encarnado.

Não o egoísmo que os filhos entendem como aquele que quer tudo para si, que não divide suas coisas com ninguém; isto também é egoísmo, mas falamos do egoísmo enquanto culto excessivo ao ego, do culto excessivo ao EU. Ao “eu primeiro”; “minhas ideias primeiro”, “minhas emoções primeiro”, “meu trabalho primeiro”, “minha família primeiro” e tudo o que for meu primeiro, porque o que é do outro não me é importante. A minha dor dói, a sua eu não sei; a minha alegria é verdadeira, a sua talvez seja. É este egoísmo que impede o homem de viver a palavra de Jesus como precisa ser vivida, porque quando se vive a palavra de Jesus tal qual Jesus a viveu; se ama o amor que dá a vida pelos seus amigos; ele abre mão de si para servir sabendo em que chegará um momento em que precisará através da oração e do recolhimento se reabastecer, mas ele jamais se detém no serviço independente de que tipo de serviço seja. Atuar curando chagas materiais, morais ou espirituais e se não sabe o que fazer com as chagas que tem pela frente; silencia e ora para que Deus envie o lenitivo.

É deste culto ao ego que falamos. Enquanto o ser humano persistir nisto a felicidade, tal qual Jesus disse, não pertencerá a este mundo, porque somente os espíritos libertos de tudo isto é que alcançam a felicidade. Eles não se importam o que os outros dizem dele e ele apenas realiza as obras que precisa realizar no serviço de manutenção da harmonia da paz e do equilíbrio do universo.

Que as palavras de Jesus sigam ecoando, mas é importante que o ser humano retire de sua frente o seu ego e permita e permita que Jesus esteja ali através dele servindo e doando não importa o quanto doa, pois a vida material é passageira. Não importa o quanto nos sentimos usados, a vida material é passageira. Enquanto nos sentimos usados é o ego que nos diz “estou sendo usado”; enquanto nos sentimos traídos é o ego que nos diz “estou sendo traído”. Isto não importa para aqueles que acreditam que após o túmulo existe uma vida melhor, porque ele agiu tudo que precisava agir viveu tudo que precisava viver, realizou o que precisava realizar e libertou-se através do serviço e do trabalho e deixou para trás todos os cultuadores de ego que as reencarnações sucessivas e dolorosas se encarregarão de despertar.

Que a paz de Jesus encontre ninho em vossos corações e que percebam como é pequeno o palco da vida humana quando fazemos dele uma arena de contendas e brigas de egos inchados pela vaidade e pelo orgulho. Esvaziem os egos e os preencham com o amor que Jesus trouxe para que vida se torne mais leve, mais serena e mais feliz.

Graças a Deus.