Mensagem do Caboclo Sete Flechas em sessão de Caboclos do dia 07 de Dezembro de 2019. 


Mensagem do Caboclo Sete Flechas em sessão de Caboclos do dia 07 de Dezembro de 2019. 

 

Graças a Deus.

Que a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos nesta tarde, em que filhos se reúnem para mais uma prática religiosa através da excitação mediúnica nos terreiros de Umbanda.  Que se reúnem em nome de Jesus, haja vista que a Umbanda é uma religião cristã que se movimenta, que se ritualiza e seus adeptos se reúnem em nome de Jesus, através da energia da natureza, através de seus emissários na figura de suas entidades. Os ensinamentos nos quais a Umbanda se baseia são ensinamentos cristãos; e é necessário que Umbandista (que com o cristianismo se identifica) leve sua vida dentro desses ensinamentos, porque toda falta de sintonia entre aquilo que professamos com aquilo que agimos traz o sofrimento, traz a falta de identidade, a sensação de deslocamento que nos impedem de funcionar no mundo de Deus.

Enquanto o homem ao despertar tiver a ansiedade ou a duvida do o que fará, ele não está em sintonia com aquilo que está em seu interior, com a sua fé. Não somente a sua fé religiosa, mas a fé na missão que tem a cumprir, com a sua essência; porque aquele que se conhece sabe exatamente o que precisa fazer para encontrar o equilíbrio; porque todo ser humano sabe que não veio ao mundo a passeio. Todo ser humano sente a necessidade de fazer a sua vida ter utilidade, ou sua vida é vazia e abre espaço para depressão, para ansiedade, para os crimes, para os vícios, para toda forma de desequilíbrio. Tudo isso é falta de sintonia com a missão que veio no mundo a cumprir, com o desconhecimento desta missão, com sua própria necessidade de existir.

Uma vez um homem procurou um sábio e perguntou qual era o segredo da felicidade. E o sábio perguntou para esse homem qual era o seu nome e ele disse: Me chamo João, ou me chamo José, qual fosse o seu nome. Respondeu o sábio para ele: Para ser feliz, seja João, para ser feliz seja José, para ser feliz seja Maria. 

A felicidade não repousa na administração de grandes somas de dinheiro ou na fama. A felicidade repousa na administração de si mesmo, das próprias verdades, das próprias conquistas, das necessidades que precisam ser satisfeitas. A felicidade varia de acordo com o momento da pessoa que a vive, porque para algumas pessoas, neste momento, a felicidade é um prato de comida, para outras pessoas a felicidade nesse momento é um teto sobre a sua cabeça. Para estas pessoas lhe falta o básico que é satisfazer a necessidade de alimento e segurança. Satisfeitas estas necessidades, tendo um teto, tendo alimento, o ser humano volta a ficar insatisfeito porque lhe falta algo mais. Sempre faltará ao ser humano algo mais, isso é muito justo. Satisfeitas as necessidades de alimento e teto o ser humano precisa de reconhecimento enquanto ser humano; precisa pertencer a um grupo porque a partir do momento que tem casa e comida precisa saber a onde se situa na vida, quem são seus familiares e amigos, de onde vem, pra onde vai. Precisa estar imerso em um ambiente social para que possa satisfazer suas necessidades sociais. Satisfeitas suas necessidades de casa, comida e reconhecimento, ainda aparecerá outra necessidade de conhecer a si. E assim é importante filhos perceberem que sempre haverá uma necessidade e cada um está em um grau de necessidade diferente e não nos cabe julgar a busca que cada um tem, mas abrir caminhos para que as pessoas possam ter satisfeitas as suas necessidades. 

Enquanto o meu sentido, meu direcionamento de felicidade não for escandaloso, no sentido em que não fere a ninguém, não quebra nenhuma regra, nenhuma lei, nenhuma ética; ele é valido. E é válido principalmente para aquele que a busca, porque ele sabe porque necessita. A partir do momento que julgamos a necessidade do outro estamos nos colocando no lugar de Deus, a ele sim cabe o julgamento, o dar ou não dar. Nos cabe, enquanto filhos do mesmo pai, abrirmos caminho sempre, porque é esta a missão do ser humano, abrir caminhos uns para os outros para que todos tenham suas necessidades satisfeitas e igualadas todas buscarmos com o sentido de humanidade melhorar o mundo em que vivemos. 

Então para sermos felizes sejamos nós. Busquemos atender aquilo que precisamos desde que tudo que precisamos esteja dentro da necessidade do nosso aprimoramento e não uma felicidade às custas do sofrimento ou da necessidade dos outros, pois é daí que nasce a tristeza, as revoltas e o acúmulo de carma, porque não podemos ser felizes baseados na desigualdade, em sermos a causa da falta do outro, na falta principalmente de proteção, alimentação e teto.

Então que abracemos a missão de sermos seres humanos da irmandade e da fraternidade para sermos dóceis à necessidade de Deus que é a de que busquemos seguir os seus caminhos e as suas orientações. 

Graças a Deus.