Graças a Deus.

Que a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos nesta tarde em que se reúnem em nome de Jesus, na expectativa de beber nas fontes das palavras que a espiritualidade acolhedora vos traz a cada reunião que fazemos.

Que filhos estejam sempre em sintonia para que tudo o que vieram buscar possam levar consigo, na medida em que vão conseguindo assimilar e suportar o ensinamento que vai sendo dado, porque o crescimento do ser humano se dá por etapas. Assim como uma árvore não nasce pronta; precisa vir de uma pequena semente que vá gradativamente se fortalecendo, também assim é o conhecimento do ser humano das coisas de Deus.

Assim também é a plenitude do ser humano enquanto ser humano, pois nasce pequena criança que vai aos poucos tomando senhorio de si, criando, florescendo a sua personalidade para então seguir adiante com a plenitude de suas capacidades. Assim também é cada criatura de Deus no esforço evolutivo. As coisas de Deus vêm aos poucos, de acordo com o entendimento do ser humano, de acordo com a sua capacidade de assimilação porque não podemos ensinar a uma criança do primário matemática avançada. Ela precisa começar das operações básicas, da soma e da subtração para ir aos poucos alimentando seu sistema neuronal e toda sua capacidade mental e aos poucos ir se alimentando de conhecimentos e cada vez operações mais complexas. Assim são os filhos na busca do entendimento das coisas de Deus.

Em princípio saibam que Deus é todo amor e bondade. Esta é a matemática básica para aqueles que querem aprender as coisas de Deus. Qualquer coisa que fuja disso está num caminho tortuoso; então pratiquemos o amor e a bondade. O que entendemos por amor? O que entendemos por bondade? Para que possamos ir aos poucos amando nossos pais, amando nossos irmãos e depois falarmos em amar ao próximo, em respeitar ao próximo. Mas quem é esse próximo? E a cada vez estas operações da matemática de Deus vão se tornando complexas, mas nem por isso impossíveis de serem entendidas, porque é o exercício que faz com que cada um vá se aprimorando.

Então, muitas vezes, filhos querem aprender a amar porque dizem que temos que fazer a reforma íntima; porque temos que amar o nosso inimigo, mas, muitas vezes, de acordo com o entendimento da criatura isso é muito para a sua capacidade mental administrar, mesmo que se peça para amar um irmão de sangue, um pai biológico. Então comece amando a si, respeitando a si, fazendo coisas que garantam a sua vida em segurança, em harmonia, cuidando da sua saúde, cuidando do seu bem-estar. Fazendo aquilo que enobrece a alma dentro do que é esperado pelo ser humano por cuidar de si.

Se é difícil amar um outro ser humano, ame uma planta. Comece a cuidar de uma semente, cuide de um animal, exercite o amor nas suas várias manifestações, porque é necessário que façamos com que o amor flua através de nós, porque o ser humano que não ama nada é uma pessoa estéril e pessoas estéreis sofrem com a secura no coração. O coração se torna árido, os olhos se tornam secos, a mente se torna vazia. Então precisamos exercitar o amor, precisamos exercitar o amor pela vida para que possamos entender como ela é importante, como a encarnação é válida e de onde nascem tantas vontades e desejos e necessidades. É o auto estudo, é a busca de conhecer a si, mas não percam de vista o contato com o outro e que o outro seja a natureza, que o outro seja um irmão em estágio animalizado, mas ame. Ame para que seu coração possa permitir que os fluidos do amor e da bondade floresçam e comecem a irrigar tanto vosso coração físico como também o coração espiritual para pulsar com energias de doação. E esse exercício vos fará capazes de começar a entender o tempo. O tempo de uma planta crescer, o tempo de um animal nos obedecer.

Depois comecem exercitar isso para as outras pessoas. Exercitem com aqueles com quem convivem. Exercitem, não se enclausurem em si, porque isso traz a mansidão e, segundo as palavras do próprio Jesus, os mansos herdarão a terra. E quando se ama se amansa, quando se perdoa se amansa. Quando se vive essas palavras de harmonia e de paz conseguimos encontrar a mansidão que não está na necessidade de termos sempre a última palavra, de sermos portadores da verdade ou de nos escondermos do mundo porque ninguém nos apetece. Precisamos exercitar mais amor e mais mansidão para que sejamos capazes de estar com aqueles que permanecerão na grande revolução e limpeza do planeta. Que possamos ser dignos de sermos mansos, para que a mansidão aplaque a nossa língua e a nossa volúpia de vaidade.

Bem-aventurados os que têm fome e sede de Justiça, porque serão saciados. Deixemos que a justiça de Deus opere. Façamos a nossa parte e que o tempo se encarregue de fazer crescer o que é bom e destruir e gastar aquilo que não nos pertence mais. Coloquemos nas mãos da sabedoria de Deus todos esses acontecimentos e façamos a nossa parte. E assim estaremos tirando a trave do nosso olho, porque é muito fácil apontar o defeito do irmão, é muito fácil apontar o argueiro e esquecemos de que temos também obstruções enormes que o ego nos impõe. Muitas vezes aqueles de que apontamos os defeitos trazem as mãos calejadas de trabalho, trazem os pés cansados de percorrer o mundo, mas nos fixamos naquilo que nos incomoda e não filtramos o que aquela pessoa tem para oferecer ou já ofereceu de saudável ao mundo. Habitando este mundo, em volta do astral deste mundo existem espíritos endividados, sim, com a lei, mas todos com o caminho longo de encarnações sucessivas e é impossível que ao longo delas não tenham feito uma bondade, não tenham se irmanado, uma vez que seja, com o que tenha sido justo e bom e é este fragmento de tempo em que aquela pessoa, aquela entidade se relacionou de maneira saudável com a bondade de Deus, aquela fração de segundo o resgata, porque ele pode voltar a sintonizar-se.

Então que saibamos, com a mansidão e com a justiça, nos irmanarmos com as entidades que suportam as energias do mundo, para que possamos resgatar através do amor, da caridade, todos aqueles que estão perdidos pelas veredas do desespero e do desconhecimento, porque nenhuma de suas ovelhas se perderá. Essa palavra é exata e precisa. Nada, nenhuma das criações de Deus será perdida. Resgatadas todas serão. Então que possamos iniciar um trabalho de cooperação, através da semeadura interna, das boas obras, das boas crenças e das ações que direcionam o homem à bondade, à mansidão, à justiça e à paz.

Façamos uso das energias mediúnicas, uso do conhecimento na busca de esclarecimento próprio e que a exemplificação ilumine o mundo. Porque se todos são endividados, todos são devedores, ninguém tem autoridade para culpar ou julgar ninguém, mas cada um cuidando de si exemplificando através do próprio trabalho conseguirá, cada um, acender luzes internas que em uníssono, em união conseguirão clarear o caminho da humanidade.

Eia agora, embainhem vossas espadas e busquem na claridade do amor e da paz seguirem adiante com luz e com harmonia.

Graças a Deus.