Graças a Deus.
Que a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos nesta tarde.
Todos reunidos em nome de Jesus, repetindo o costume, as ações dos primeiros cristãos que se reuniam, no anonimato, nas catacumbas da cidade eterna a rememorar as passagens e os ensinamentos de Jesus; honrando a sua presença, honrando o seu conhecimento e a sabedoria que deixou a todos. Foi a maneira que encontraram de seguir cultuando o conhecimento e distribuindo todos os benefícios que precisavam distribuir, visto todos os protocolos necessários à sedimentação da doutrina de Jesus.
E nas próprias Escrituras filhos têm entre os mandamentos honrar pai e mãe, que fica algo meio perdido e vago. Como honrar pai e como honrar mãe? Tão somente respeitando. Mas o que é o respeito e como honro essas figuras em minha vida? Honramos a cada vez em que seguimos os mesmos passos; honramos a cada vez que percebemos que os passos que vamos trilhar nos levarão também a algo positivo e sagrado. Repetimos tudo aquilo que nos fará bem; então a cada vez que passamos por nossas vidas que encontramos pessoas que sedimentam conhecimento e aprendizado e tudo aquilo nos faz bem e repercute em bem não só pra nós, mas para os outros, precisamos honrar cada pessoa que passa e que nos deixa marcas positivas em nossas vidas, em nosso aprendizado e daí precisamos, além de honrar pai e mãe, honrar a nossa história, porque toda história que vivemos é sagrada, ela é permeada de aprendizado e de conhecimento.
Então não adianta querermos modificar o passado que vivemos, o passado que passou por nós. Todas as pessoas que por nós deixaram as suas marcas, tudo isso nos constrói; as experiencias que carregamos conosco fazem parte da digital de nossa alma, é aquilo que nos identifica. São as emoções que suscitam, que fazem de nós o colorido que temos e cabe a nós fazermos com que o colorido que elas deixam, seja equilibrado, na medida em que optamos por fazer das experiências pelas quais passamos degraus de aprendizado. Não precisamos nos agarrar à dor, não precisamos nos agarrar aos sofrimentos ou na ira, mas precisamos conhecer a dor e conhecer a ira justamente para que saibamos optar, para que possamos ter a diretriz e a capacidade do direcionamento sadio em nossa vida.
Então é importante honrar o passado, as dores também, mas principalmente valorizar o aprendizado. Valorizar tudo aquilo que nos constrói de maneira positiva e aí estaremos trilhando um caminho de conhecimento e conseguiremos distribuir benefícios baseados na experiência saudável e na diretriz do conhecimento daquilo que buscamos como melhora ìntima, como ressignificação de todas as experiencias. Então agradeçamos por tudo que vivemos, porque tudo que vivemos nos trouxe até o dia de hoje. Então que a partir deste conhecimento saibamos sim, valorizar tudo que temos como conhecimento e que a paz se faça presente e saibamos optar em fazer do conhecimento que adquirimos ferramenta propulsora de progresso e de harmonia.
A dor não necessariamente molda caráter de ninguém, mas a capacidade que temos de lidar com ela identifica o caráter que temos. Caráter se molda, se exercita, tal qual músculos quando trabalhamos com a força física. Então que tenhamos esta necessidade da modelagem saudável do caráter porque existe o bom caráter e existe o mau caráter. Que possamos nos desvencilhar daquilo que exercita o caráter ruim e que nos coloca em pé de igualdade com mal feitores, injustos e busquemos através do caráter positivo aquele que busca o progresso, não só o progresso financeiro, ou progresso físico, mas especialmente a dignificação de todos os conteúdos da mente que fazem com que o ser humano distribua o melhor que tem em si. O saber agradecer, o saber louvar a sua comunidade, a sua ancestralidade é um caminho de desenvolver o bom caráter.
Então que a tarde de hoje em que estamos envolvidos com a força ancestral do Orixá Nanã nos dê a base de reconhecermos aquilo que nos molda, onde vivemos e honramos a história que temos para que a partir dela sejamos condutores de harmonia e de paz.
Graças a Deus.