Graças a Deus.

Que a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos neste momento em que se reúnem em nome de Jesus para vossa prática mediúnica, hoje em homenagem à Iemanjá e nosso ritual anual de praia, onde filhos vêm renovar seus votos para consigo mesmos, para com vossa missão mediúnica, para com vosso terreiro que optaram por ser a diretriz de vossos passos nesse trabalho desenvolvedor de humanidade.

Que Jesus abençoe todos aqueles de boa vontade e que Jesus clareie o pensamento e o coração dos que ainda passeiam pelos caminhos cercados pelo egoísmo. É o egoísmo a raiz da maioria, se não de todos, os males que assolam o ser humano, seu planeta, sua convivência. É o egoísmo que faz com que as pessoas separem seus caminhos quando não lhes interessa mais o que podem usufruir daquela pessoa. 

É o egoísmo que faz com que todos os relacionamentos, que até então estavam bem, adoeçam e saiam de maneira litigiosa cada um para o seu canto, porque é o egoísmo, mais uma vez, se fazendo presente e afastando as criaturas. É o egoísmo que faz com que nações guerreiem entre si, porque a cada vez que damos valor excessivo, atenção excessiva ao nosso ego, ao nosso eu, cerceamos a liberdade do outro, porque o homem é livre para tudo; tudo lhe é possível, mas nem tudo lhe convém. Então é importante que observemos o quanto de nossa liberdade, ou do que pensamos que seja esta, cerceia e impede o movimento, o crescimento e a felicidade do outro. Tanto o outro mais próximo de nós como todos os outros que dividem o planeta conosco.

Quando o egoísmo se faz presentes ele adoece a criatura que pensa que tudo lhe convém e que tudo é seu e adoece e se aborrece quando algo fere o seu ego. E é em nome do egoísmo que muitos contratos mediúnicos silenciosos são feitos, porque adentramos para um terreiro ou optamos por tal e qual desenvolvimento na busca da nossa melhora, na busca de saúde, na busca de melhora material, de abertura de caminhos, que a família se equilibre e nos esquecemos o quanto a espiritualidade repete a todo momento que não existe maior prazer para um espírito endividado do que o servir. E confundimos o trabalhar mediunicamente, egoisticamente, com o ter aberturas de caminho e de prazeres próprios pra nossa família, para o nosso eu e esquecemos que o trabalhar mediunicamente, desenvolver a mediunidade em qualquer seara é o serviço. Porque o oposto do egoísmo é o altruísmo, quando pensamos no bem estar de outro ser vivente que não nós, sem com isso perder a nossa identidade. E o altruísmo é irmão da solidariedade quando pensamos de forma coletiva no bem estar de todos.         

Então que possamos dar um passo adiante, para fora de nosso eu e realmente trabalharmos o trabalho a que fomos chamados quando assumimos a encarnação, que é a melhora pessoal. E a melhora pessoal é justamente o deixar de lado o pessoalismo e aí conseguiremos nos relacionar melhor com nossos cônjuges, com nossos irmãos de sangue ou não, com todos aqueles que conosco comungam a vida, não deixando de lado a nossa personalidade, não embotando a nossa essência, mas a todo momento estarmos observando o quanto não estamos poluindo a liberdade e a felicidade alheia, porque é importante que haja harmonia e a harmonia é missão nossa de fazê-la manter-se.

É em nome do egoísmo que nos aborrecemos quando recebemos uma crítica, é em nome do egoísmo que nos aborrecemos quando tal coisa não acontece do modo como queremos, é em nome do egoísmo que nos fechamos em nós para não dialogarmos com o outro porque conviver com o outro cansa, mas também não crescemos. Estacionamos na evolução tão aguardada e vamos marcando passo até que o amadurecimento venha com o sofrimento. E o ser humano não evolui apenas com a dor; saiamos dessa cresça que limita, que faz com que o ser humano busque o sofrimento porque acredita que está evoluindo quando sofre. Mentira! Está adulando seu ego, se fazendo sofredor e mais uma vez é o egoísmo chamando atenção para si, querendo carinho e recompensas que não merece. 

Que possamos fazer com que o nosso egoísmo diminua, que o nosso altruísmo cresça, que a solidariedade se faça presente não só nas ações caridosas sociais, mas principalmente azeitando a harmonia doméstica, familiar, porque é ali que existe um grande caldeirão fervente de mágoas a serem sanadas, feridas a serem cicatrizadas e aí estaremos fazendo o nosso papel de humanos permitindo que o altruísmo, que a solidariedade cresçam entre aqueles que estão mais próximos de nós. E aí a encarnação terá valor, e aí a vida será feliz e a mediunidade ganhará novo brilho, encaminhando todos vocês em sintonia com amigos espirituais que aplaudirão e agradecerão pelo trabalho bem realizado.

Graças a Deus.