Graças a Deus.
Que a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos nesta tarde, em que retornam às vossas atividades religiosas.
Que toda bem aventurança, toda harmonia presentes os filhos consigam captar para delas alimentarem-se, nelas se fortalecerem para que com este combustível sigam vossa caminhada evolutiva dentro da programação que existe para o vosso crescimento.
Que a fé que Jesus pregou, sua intimidade com a mediunidade, com seus mentores em com seu pai; que os filhos sigam por este caminho buscando através das prática sadia de vossa força e de vosso conhecimento, angariarem os frutos que esta semeadura propicia. O mundo é um mundo de semeaduras e colheitas. Ninguém colhe aquilo que não semeou, a não ser que seja um usurpador e para estes a justiça divina se faz presente em seu tempo; certo é que tudo o que semeamos algum dia colhemos.
Que esta responsabilidade se faça presente em vossas práticas para que saibam semear as sementes que reconhecem como boas e aproveitarem no tempo certo a colheita. É isto que toda casa religiosa prega nas entrelinhas de seus ensinamentos a todos os adeptos e filhos que têm ouvidos de ouvir e olhos de ver.
Hoje, no ritual católico, celebram a conversão de São Paulo. Uma passagem para muitos ainda obscura pelo desconhecimento da importância do seu significado. Cidadão romano de nascimento, judeu por laços religiosos e de família, teve acesso à educação necessária para a formação de um homem culto em seu tempo. Conheceu o cristianismo e lutou contra a sua força, porque dentro da concepção de Saulo de Tarso a única verdade existente era a da sua própria seita, a do seu próprio culto. Dentro de sua verdade foi coerente a todo o momento na luta contra um pensamento que se fazia contrário ao que ele reconhecia como certo. Solicitou autorização para fazer capturas e em uma viagem a Damasco com sua comitiva, recebeu um clarão que assustou seu cavalo e Saulo de Tarso veio ao chão e do clarão ouviu a voz de Cristo que lhe perguntou: “Saulo por que me persegues?”. Tornou-se momentaneamente cego e precisou ser conduzido até as portas de Damasco. Foi orientado que buscasse o sacerdote Ananias que já o esperava para que pudesse dar-lhe o tratamento. Saulo curou-se pelas mãos curadoras de um cristão; Saulo converteu-se reconhecendo o poder das palavras e da doutrina cristãs. Saulo tornou-se Paulo de Tarso e assumiu o papel de ser o maior pregador da cristandade levando a palavra de Jesus a todos os cantos onde pode estar. Escreveu cartas que até hoje são referência ao mundo cristão.
É importante que filhos percebam o quanto é significativa é a queda de Paulo para que pudesse assumir sua missão. Quantos de nós não estamos cegos com as verdades que assumimos como nossas e eternas? Quantos de nós precisamos que a vida nos dê um sacolejo como a enfermidade, a perda, o susto, a necessidade para que possamos abrir o horizonte, saber pedir, saber agradecer e saber receber os bens e bênçãos que Deus oferece. A partir daí mudamos o nosso mundo quando reconhecemos como precisamos estar atentos às mudanças e às necessidades que todo progresso exige que façamos.
Todos, ao nosso próprio modo, somos um pouco da pessoa turrona que foi Paulo de Tarso até o momento que teve necessidade e sentiu a força da vida a impulsiona-lo para onde precisava estar para seguir o papel que tinha a desempenhar.
Sejamos dóceis ao que a vida traz, saibamos agradecer pelos tropeços, pelas perdas, pelos sustos porque são eles que nos impulsionam e abrem o caminho para que possamos abrir a mente e nos tornarmos pessoas melhores.
Que nos convertamos todos os dias agradecendo a Deus por tudo o que passamos.
Que possamos sair de nós e perceber que muitas vezes nos trancamos dentro de verdades que nos levam muito pouco adiante do que podemos ir e que existem outros modos de observarmos, de sentirmos, de reconhecermos o mundo que podem nos dar combustível para irmos muito mais além, mas para isto precisamos deixar de lado a vaidade, o orgulho e abrir as portas do servir.
Graças a Deus.