Mensagem do caboclo Sete Montanhas em sessão de Exus do dia 09 de setembro de 2023.


Graças a Deus.

Que a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos nesta tarde em que se reúnem em nome de Jesus para mais uma prática de vossa fé; a prática mediúnica; o encontro com criaturas que, tal qual como filhos aqui neste momento, sequiosas de progresso também com a diferença da vibração, porque enquanto filhos encontram-se aprisionados no corpo material, nós do lado de cá seguimos na liberdade da carne, mas todos ungidos à missão do aprimoramento comum.

Filhos buscam esta comunhão através do trabalho mediúnico, na expectativa de que vossos guias e mentores tragam archotes de luz iluminando o caminho cheio de sombras, que é a expectativa da vida. E lembramos a todos vocês que cada um carrega em si o próprio archote. Sabedores de que a vida é uma estrada tortuosa, nebulosa; nossas pequenas tochas iluminam pouco. Tudo que temos a fazer é caminhar o tanto que esta tocha ilumina para que na segurança do caminhar sigamos com desenvoltura e também aprendamos a ver quem já caminhou à frente, porque se eu porto a minha tocha com a minha consciência, com o meu conhecimento, mais adiante, alguém no mesmo caminho porta a sua tocha com a sua consciência, com seu conhecimento. Eu entendo que aquele caminho já foi trilhado, basta que eu me espelhe no caminho do outro que também deu certo para que eu siga o meu próprio caminho.

Então ninguém inventa caminhos, mas outros que nos precederam deixaram rastros e cabe a nós seguirmos, mesmo que a estrada seja escura sabemos que alguém passou por ali. Então o caminho é trilhável, o barco está em água navegáveis; precisamos confiar. Confiar naquilo que temos, que é o necessário para a vida seguir. Então que a nossa comunhão com a nossa espiritualidade seja não, um esperar de revelações mágicas que traz chaves que abrem as portas da vida, mas saber que estas chaves já estão conosco e o nosso trabalho é saber como usá-las; e como que eu descubro das chaves que eu tenho quais portas abrem? Experimentando!

Experimentando com a bússola da fé bem vivenciada, da fé que pensa, da fé que trabalha. Experimentando com a bússola o caminho certo, o caminho da justiça, da equidade, da bondade, da humanidade, porque se eu uso outras bússolas que renegam os valores humanos, essa bússola nos levará pra caminhos outros, que outros também trilharam, mas cujo destino não é tão feliz.

Esta bússola nós já temos, uma diretriz. Então as nossas dúvidas são todas temporárias, como temporária é a vida. Ninguém tem todo conhecimento, porque o ser humano não abarca todo ele, mas o conhecimento nos aguarda na medida em que vamos passando pela estrada que a ele leva. Porque a felicidade é o caminho e não o destino, assim como o conhecimento é o caminho e não o destino.

Que valorizemos o caminho que estamos, que apreciemos tudo aquilo que já caminhamos; e assim vamos usando muletas mais solidas e não a muleta da reclamação e do vazio da desesperança. Quando aprendemos que toda vez que nos distanciamos de Deus, quando usamos bússolas que não valorizam os valores da humanidade, nos aproximamos do sofrimento e todo sofrimento é tão somente a distância de Deus que é o conhecimento do que é justo, a aceitação do que eu mereço. Nosso carma muda, quando nós mudamos, nosso carma muda, quando nós o aceitamos, porque até passamos a vê-lo de maneira diferente.

Quando saímos da postura de vítimas e de mendigos espirituais, que é o que somos quando só pedimos, e pedimos e pedimos e nunca trabalhamos. Somos mendigos espirituais quando não fazemos nada pelo outro. E todo ser humano é capaz de produzir algo bom, porque todo ser humano é faísca do próprio Deus.

Não existem escolhidos na obra da criação, como também não há erro na obra da criação. Quando cada um reconhece o seu lugar, a sua posição na escala do trabalho, ele trabalha e evolui, porque faz bem o seu trabalho e faz bem com amor. Melhor aquele que trabalha do que aquele que reclama. Então que sejamos trabalhadores, entremos na seara dos que militam, dos que labutam e permitam que o tempo nos molde como grande artífice, artesão de Deus, moldando nosso caráter, nossas escolhas e a nossa boa vontade.

Graças a Deus.