Graças a Deus.

Que o Senhor esteja convosco.

Todos: Ele está no meio de nós.

Corações ao alto

Todos: Nosso coração está em Deus.

E vivamos todas as religiosidades que se afinizam e que se alimentam, para que o ser humano compreenda que estamos todos dentro de um único ventre que é o ventre de Deus. Que é o único elemento que a todos une, que a todos forma e que constitui cada ser vivente em cada canto habitado do universo, não apenas em vosso mundo azul.

Que possamos entender que quando separamos, nos afastamos da divindade. Que possamos entender que quanto mais nos aproximamos, mais estamos em unidade com aquele que é uno, indiviso, e que é a constituição de toda essência existente, porque fora de Deus nada existe.

Então que possamos emanar, absorver, e vivenciar o respeito e a fraternidade para que com isso tenhamos o coração pronto para qualquer experiência que se faça necessária. Água e azeite não se misturam originariamente, mas pensem do que é feito o pão que vos alimenta se não da mescla de água e azeite com um elemento que os faz conversar e harmonizar-se para tornar-se próspero e alimentador de cada um aqui presente.  Então que as diferenças sejam sanadas com a boa vontade. A boa vontade que dá fermento ao respeito e à irmandade.

Aprendamos com São Francisco de Assis que em um momento de jejum em que precisavam passar pela privação de comida para alcançar determinado êxtase de consciência com seus irmãos, encontrou um deles que chorava e perguntou porque estava tão sofrido, ele disse: “Tenho fome. Sei que preciso passar pelo jejum, mas eu estou com fome. Daria muito alivio um pequeno pedaço de frango”. São Francisco foi até a cozinha, quebrou o próprio jejum e se alimentou de um pequeno pedaço de frango com seu irmão para que ele pudesse passar por aquele momento com dignidade e com atenção fervorosa que tanto necessitava.

E é assim que precisamos ser: Respeitar o momento do outro. Muitas vezes precisamos quebrar nossas próprias crenças, quebrar nossos próprios paradigmas para nos colocar no mesmo nível de nosso irmão e atendê-lo e acolhê-lo em sua necessidade para que possamos juntos seguir caminhando. E São Francisco em nenhum momento deixou de ser o São Francisco tão amado por todos, em nenhum momento houve qualquer quebra de sua fé, mas seguiu atendendo a necessidade de seu irmão que naquele momento precisava de um ínfimo pedaço de frango.

Que possamos aprender a fraternidade e o respeito às necessidades do outro. Muitas vezes nossa própria posição exige que desçamos do palco, que deixemos nossas convicções de vaidades para atendermos quem precisa, para lá alcança-los e busca-los e trazermos para o conhecimento e entendimento que agora temos, mas que uma vez lá estivemos. Que saibamos aprender com Jesus que foi manso para os mansos, foi fraco com os fracos, mas a todo momento foi poderoso em sua potente personalidade avassaladora e arrebatadora de corações. Que saibamos aprender com os mansos, com os humildes e com todos aqueles que descem de seus degraus para atender as necessidades dos famintos. Não só do pão, mas principalmente da emoção, da atenção, do cuidado e do zelo.

Graças a Deus.