
Graças a Deus, que a Paz de nosso Jesus Cristo esteja com todos nesta tarde em que se reúnem em nome de Jesus.
Mais uma vez aqui estamos na expectativa de que nosso trabalho nos traga a certeza de um dever cumprido; quando aqueles se propõem a cumprir um dever que acreditam que lhes fará bem. Também saíamos com a certeza de estarmos sendo acolhidos pela espiritualidade, sequiosos pelas orientações e pela aplicação de seus ensinamentos, porque assim é a postura daqueles que buscam o aprendizado com a espiritualidade cooperadora de Jesus, sadia, nas vossas vidas.
Mas há aqueles que tão somente querem abrir um caminho para si, trabalhar para si, ter sempre o imediatismo da colheita imediata daquilo que vai semeando. Isso porque sua visão ainda está tolhida pelo egoísmo, pelo imediatismo. O ser humano, cada vez que ele se desprende de si, ele consegue dar passos mais velozes no entendimento das coisas, o que facilita sua evolução, porque não é só por conhecer, não é só por estudar; que o ser humano evolui. Ele evolui, principalmente, pelo praticar, pelo assimilar, através do exercício, tudo aquilo que vai aprendendo e o religioso que busca somente o bem-estar imediato, pessoal ou espiritual, ainda está nas garras do egoísmo, que limita o entendimento do ser humano.
O oceano é composto por várias gotas, o deserto é composto por vários grãos de areia. Cada ser humano dentro da humanidade se equipara a uma gota ou a um grão de areia. É verdade que quando falta uma gota, falta um grão, o oceano ou o deserto estão menores, mas principalmente aquela gota e aquele grão de areia não estão fazendo parte do todo que os completa. É importante sempre mirarmos, estarmos com nosso foco ligado no que é o bom para o coletivo, para que então possamos sair da cortina estreita do EU. Precisamos entender que a justiça é justa quando se aplica em todos, que o bom é bom, quando é bom para todos. Que possamos extirpar de nós essa semente, essa erva daninha que se chama egoísmo.
Muitos confundem o egoísmo por amor por si. Na verdade, o amor é mola propulsora do universo, é propulsora do progresso, porque precisamos fazer as coisas com amor para que possamos dalí tirar não só o proveito, mas fazer bem feito. O amor quando está deturpado por si torna-se egoísmo, torna-se vaidade. O amor quando por uma pessoa está deturpado; torna-se possessão, posse, torna-se luxúria. O amor deturpado por uma causa, por uma ideia torna-se sectarismo. Tudo em excesso faz com que o ser humano se aparte da sua missão e do seu complemento que é toda a humanidade.
Que possamos viver no pensamento aquele que nos traz a união para a coletividade para que possamos ir nos desprendendo e conseguirmos nos tornar mais leves e com isso alavancarmos o nosso futuro. Na verdade, estamos falando da união de opostos, na medida em que eu me desprendo de mim eu consigo me alçar e consigo fazer bem a mim, mas na medida em que eu só penso em mim, eu me afasto da minha missão e me torno mais pesado; Na medida em que nos desprendemos e nos tornamos mais leves o bem é a nós que fazemos.
A visão precisa ser inversa daquilo que filhos pensam. Primeiro eu, primeiro eu, primeiro eu e primeiro eu. Quando eu me tiro do primeiro lugar, quando eu passo para as fileiras dos que trabalham em conjunto, eu consigo fazer o meu trabalho com maior unanimidade, com maior rapidez, com maior eficiência, porque estou saindo da cortina estreita da visão pequena do egoísmo e da egolatria.
E é isso que a religiosidade precisa ensinar a todos vocês. Não estamos saudando o MEU orixá, não estou incorporando o MEU guia, não estou indo para o MEU terreiro. Eu estou indo saudar o orixá, eu estou trabalhando com um guia, eu estou fazendo parte de um templo e aí começamos a nos diluir e começamos a nos tornar mais leves e nossos problemas e idiossincrasias se diluem conosco e percebemos o quão pequenos somos, porque efetivamente somos gotas no oceano e grão de areia no deserto.
Graças a Deus.