Graças a Deus.
Bendito e louvado seja o nome de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Graças te damos Senhor Jesus por mais esta oportunidade de trabalho, por mais este encontro através da sintonia mediúnica; seguindo com o compromisso assumido na espiritualidade de trabalho e orientação do grupo mediúnico ao qual pertencemos.
É importante que também a espiritualidade demonstre a sua gratidão pelos instrumentos de que dispõe, para seguir a diante no intercâmbio com a humanidade encarnada. Lembramos sempre a necessidade do estudo, da dedicação, do sacrifício saudável do tempo e o investimento para o crescimento pessoal, mediúnico de cada criatura que se dedica ao intercâmbio com a espiritualidade pelos canais mediúnicos. Lembramos sempre a importância do médium aprimorar-se, mas também, pelo lado de cá, precisamos demonstrar a nossa gratidão e incentivar a crescente melhora em nome do trabalho, em nome do engrandecimento da espiritualidade sublime na busca da evangelização, do crescimento de toda criatura, porque atuamos junto a encarnados e junto a desencarnados. É o papel dos que estão mais adiante, com maior visão, com maior amplitude de conhecimento, quem sabe mais é responsável por quem sabe menos.
É importante demonstrarmos sempre o quão podemos melhorar a cada vez, mas na medida em que nos nivelamos buscando a ascensão daqueles com quem encontramos e habitamos podemos ir mais além. Podemos ainda elevar um pouco mais nosso padrão vibratório e com isso abandonando, certos traquejos, maneirismos, atitudes, pensamentos e tudo aquilo que ainda prende o ser humano nas teias da excessiva materialidade ou da vaidade. É gradativamente que a planta cresce e busca a luz do sol.
No começo tudo era trevas e Deus disse faça-se a luz e a luz apareceu. Iluminou e resplandeceu e o mundo tem a dualidade da treva e da luz. Uma existe por causa da outra. E o homem primitivo ao anoitecer se recolhia porque a sua visão não é adaptada a perceber o que se move na sombra. E sua inteligência o fez dominar o fogo e o homem criou a fogueira, e o homem criou a tocha e percebeu que a luz vence as trevas, mas que as sombras que se projetam à luz da tocha muitas vezes distorcem a realidade aparecendo maiores do que o objeto que estão representando. E seguiu o homem em sua evolução dominando a natureza e o homem percebeu que se colocasse a chama da vela no ponto mais alto de seu aposento, a luz se irradia mais harmoniosamente sobre todo cômodo. E mesmo assim sempre que existe luz, as sombras se projetam. Se tivermos um cômodo repleto de mobília completamente na escuridão e o homem acende a luz, agora elétrica, no topo do aposento a luz iluminará, mas encontrar-se-á como o obstáculo dos móveis, da mesa e cadeiras e objetos por cima delas e projetará sombras na parede e no chão. A cada vez que a luz se faz presente e encontra um obstáculo, o obstáculo projeta sombras e para que esse aposento fique harmonioso, é necessário que o homem observe o que precisa dentro dele e arrume e coloque as cadeiras no lugar, e também os móveis e modifique sua posição para que possa transitar pelo ambiente de maneira equilibrada e acostumar-se com as sombras e dominá-las, não teme-las. Saber o que é sombra, o que é objeto, o que é vácuo. Luz e sombra, fazem parte da trajetória do crescimento humano.
Falamos agora do crescimento da casa mental. Do nascer da consciência que é este aposento repleto de móveis desarrumados e que quando a luz se acende projeta sombras num emaranhado confuso que precisa ser rearrumado para que o aposento seja habitável. A cada vez que estudamos, a cada vez que buscamos conhecimento a luz se faz, mas essa mesma luz encontra o que já estava dentro da casa mental. A desarrumação, as emoções em desalinho, a distorção da visão do próprio eu, verdades que já não servem mais, preconceitos, medos. Tudo isso é obstáculo para a luz do conhecimento e da harmonia que busca se fazer presente e ao encontrar com esses obstáculos na casa interna, as sobras se fazem.
Então é importante o estudo, é importante o buscar o conhecimento, mas também é muito importante sanear a mente que estuda e permitir que aquilo que não serve mais se vá. Da mesma forma que nossas gavetas que possuem roupas que não usamos, objetos que só sabemos que temos quando os reencontramos, precisam ser limpas para dar espaço a coisas novas. Da mesma maneira é a mente que estuda e que busca abrir-se para o conhecimento. A luz precisa entrar e para se fazer presente os objetos dentro da mente precisam estar organizados, reciclados, ressignificados para que o entendimento, a luz do conhecimento tenha seu efeito clareador, iluminador, saneador.
O estudo é sempre bem-vindo, mas a higienização da mente e do coração é imperiosa para que o novo conhecimento, o novo olhar se faça presente e dignifique a criatura que busca crescer. Caso contrário teremos um cômodo iluminado, mas confusamente permeado de sombras que não nos permitem transitar e habitar o cômodo que precisamos utilizar para o nosso conhecimento.
Graças a Deus.