Mensagem do caboclo Sete Montanhas em sessão de mesa do dia 08 de junho de 2024.


Graças a Deus.

Bendito e louvado seja o nome de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Agradecemos, Senhor de todos os mundos habitados; Senhor criador de toda perfeição.

Sua luz, seu amor, sua sabedoria se derramem em nós nesta manhã.

Sejamos todos beneficiados pela presença de todas as falanges do bem, que neste momento vibram em sintonia conosco e derramam no ambiente salutares vibrações de paz e de coragem para tudo que há de vir.

Seja a humildade a nossa companheira constante, seja a caridade a nossa ferramenta para que possa abrir os caminhos e que possamos, com a orientação sadia, trilharmos, palmilharmos pouco-a-pouco a senda que se demonstra estreita, mas cujo conhecimento e amor gradativamente assimilados ampliarão os horizontes e tornarão leve a caminhada.

Senhor Deus que da escuridão permitiu que se fizesse a luz e separou a luz da sombra e separou a terra da água. E criou os continentes e criou os animais; criou o homem, a quem chamou Adão, e este homem nomeou cada ser existente no mundo, cada planta, cada animal. E o Senhor viu a solidão de Adão e de sua costela trouxe a sua companheira Eva e lhes disse que poderiam alimentar-se de todos os frutos, menos o fruto proibido da árvore do conhecimento. E por interferência da serpente, Eva foi conduzida a provar do fruto e induziu Adão a também a conhece-lo, e a partir dali veio a vergonha de si mesmos e a inocência perdeu-se e o Senhor então expulsou Adão e Eva do paraíso; cabendo à serpente rastejar-se no mundo para locomover-se e à Eva e toda sua descendência, parir com dor. Que esta história, cheia de alegorias e de significados, não obscureça o entendimento do homem e, rogamos, que a inteligência e a harmonia sempre se façam presentes para entender todos os símbolos através de cada ensinamento.

É o homem a criação perfeita da divindade; aquele que produz cultura, que nomeia, que dá significado. E a solidão do homem Deus observou e trouxe a sua companheira, feita da mesma essência. Não existe distinção entre o homem e a mulher, não existe hierarquia, um depende, um sai do outro, complementam-se para que possam ser harmonizados. Porém, o mau uso do conhecimento traz ao homem a culpa, a vergonha, a inadequação. Toda vez que utilizamos mal nossas forças, nosso conhecimento, nossa missão, a culpa e a vergonha se alojam e nos impedem de seguir gozando dos prazeres do conhecimento sadio e da convivência harmoniosa com os seres de luz e nós mesmos nos isolamos e buscamos a redenção através das expiações repetitivas, através das dificuldades, exercitando novamente o caráter e a busca da verdade. A sabedoria e o amor de Deus não expulsaram Adão e Eva do paraíso, mas o mau uso dos poderes dos quais Deus os dotou fez surgir a separação, a dicotomia, entre o bem, o bem fazer e a má utilização das dádivas de Deus.

Nasceu o homem ignorante, mas cheio de capacidade e de potencialidades e de possibilidades. A gestação pela qual o corpo da mulher foi preparado indica exatamente o crescimento de cada criatura que nasce,  que o direcionamento da espiritualidade superior, agregando células, criando órgãos, diferencia a criatura existente que dentro do corpo da mãe recebe tudo que precisa, aconchego, alimento, nutrição, mas em um momento o próprio ventre que o acolhe torna-se desconfortável não abrigando mais a criatura que precisa ser expulsa e, não raro, é feito através da dor simbolizando que o conhecimento traz o desconforto, a readequação, a mudança de hábitos de atitudes necessários para mudança de estado, para mudanças necessárias para seguirmos crescendo.

Se a mediunidade até o momento foi usada de maneira inadequada, ou aquém das possibilidades, que a readequação de todo conhecimento e o exercício sadio possam sanear as mentes e que possam aceitar o novo horizonte que se descortina, para que ao sermos expulsos da chamada zona de conforto, percebamos que ela não era tão confortável assim e que só escurecia a nossa visão do mais adiante, do ali tão perto, bastando que se permitisse abrir os olhos e o coração.

Que apossamos retornar ao paraíso do convívio com a sabedoria de Deus; que possamos olhar o fruto, antigamente proibido, e termos a consciência da necessidade do bom uso do conhecimento, de tudo que se aprende.

Que os dons mediúnicos venham para servir, para esclarecer, jamais para explorar ou para humilhar ou para vangloriar-se daquilo que é de todos; o amor e paz e as energias sublimes da espiritualidade.

Que médiuns entendam que são veículo, que são portais, que são passagem e que de maneira graciosa, pródiga, possam doar-se e no doar-se; refazerem-se., alimentarem-se da paz que eles mesmos distribuem.

Que o retorno à convivência com a sabedoria de Deus seja o retorno ao tão prometido paraíso de paz, convivendo com o conhecimento de maneira saudável, equilibrada.

Que possamos nos preparar para o futuro sempre de mãos dadas com a dignidade e com a harmonia.

Graças a Deus.