Mensagem do caboclo Sete Montanhas em sessão de mesa do dia 15 de fevereiro de 2025.


Graças a Deus.

Bendito e louvado seja o nome de nosso senhor Jesus Cristo.

Bendito e louvado seja o momento presente e damos boas-vindas a todos no início de nosso ano letivo.

Na volta aos trabalhos, visando alinhar a caminhada dos filhos e de nosso templo na direção, não apenas do progresso, mas principalmente da harmonia e do bem estar, porque tudo aquilo que nos faz bem precisa estar em alinhamento constante, uns com os outros.

Não basta o desenvolvimento mediúnico sem o equilíbrio mental; não basta o crescer materialmente, ampliando ganhos e conforto, sem a sensibilidade para com o outro. Precisamos que todos os âmbitos da vida tenham harmonia em seu crescimento, em sua estabilidade, para que a experiência humana tenha a noção de completude. Muitas vezes passamos a vida com a sensação de que falta algo, porque aquela área da vida está sendo negligenciada. E sempre dizemos que não há maior alegria, para um espírito endividado, do que o servir, do que o estar capacitado para servir. Porque o servir também requer a capacitação para reconhecer o limite do conhecimento, o limite do esforço, o limite da disponibilidade e a sensibilidade, para se reconhecer, até que momento e onde realmente somos necessários, ou não, se estamos sendo simplesmente utilizados. Tudo isso provém, do reconhecimento de si.

E o servir faz bem a toda criatura porque a criatura foi talhada para o servir. O excesso da mágoa, a infelicidade, a depressão, muitos desses dissabores são sintomas da alma que ainda não conseguiu servir ou pelo menos, descobrir onde precisa servir. Vários são os campos de trabalho para que o ser humano atue e encontre o seu chamado; assim como várias são as moradas na casa do pai, assim como vários são os tipos de plantação, várias são as oportunidades onde o homem pode se encaixar para dar prosseguimento ao seu papel de servidor.

A oração de São Francisco de Assis levanta a ponta do véu, para o início do trabalho daquele que precisa servir: “Fazei de mim, um instrumento de vossa paz, onde houver ódio que eu leve o amor, onde houver ofensa que eu leve o perdão…. onde houver trevas que eu leve a luz”. E esse clamor, não se resume ao campo religioso, ao campo mediúnico. Esse clamor precisa ser estendido a todos os campos da vivência da experiência humana. Se algum ambiente onde habitamos, seja o lar, seja o trabalho, seja a experiência com conhecidos, sejamos aquele que leva a luz da verdade aonde existe a treva da mentira, esclarecendo, servindo com amor. Onde haja pranto, onde haja desespero, sejamos portadores do lenitivo necessário e assim a dor da inadequação se dilui no serviço que prestamos, pois todo ser humano foi talhado para o servir.

Aquele que tem dons sejam eles mediúnicos ou não: o dom da fala, o dom da orientação, o dom do ensinar. Todo aquele que tem um dom, mas não utiliza, é como uma escada que não quer que lhe usem os degraus; é como um rádio que se recusa a sintonizar-se com a onda, para que o som se espalhe no ambiente; é como um leito que se recusa a ser posto de repouso para um corpo cansado; é como a cadeira que não quer que se sentem nela. Seria como o sol que se nega a iluminar, o fogo que se nega a aquecer e a água que se nega a apascentar a sede. Precisamos viver a nossa missão, para que a completude se faça presente de dentro, porque o bem estar que se sente no servir, ele nasce de dentro da criatura. Ele preenche cada chacra de uma harmonia, de uma sintonia pura com a divindade e nos faz ser veículo de paz e de amor.

Iniciamos um ano pleno de oportunidades para servir, que saibamos, onde, quando, como o melhor servir. Aos que se talham a abrir as trincheiras do caminho, a estar à frente fazendo com que os caminhos se abram, aos que darão o suporte, mas todos, cada um, cumprindo a sua trajetória e se fazendo presente em sintonia com o amor maior.

Graças a Deus!