Mensagem do Caboclo Sete Montanhas em sessão de Mesa do dia 19 de Outubro de 2019.
Bendito e louvado seja o nome de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Graças te damos, arquiteto do universo por mais esta oportunidade de trabalho na seara de tua criação.
Saibamos manter o sentimento de gratidão para que com ele cresça o sentimento de ser completo, de ser feliz e a necessidade de servir sempre.
Não existe ócio na obra de Deus, também não existe a morte na obra de Deus. O que existe é a transformação; os espíritos migram da carne para a erraticidade e da erraticidade para a carne em trânsito contínuo em incessante fluxo de ir e vir. A cada viz que nasce uma criança e o ar do mundo Terra preenche os seus pulmões insuflando a vida, nasce com ela a esperança de melhora e de crescimento do espírito reencarnante e a cada vez que o ar deixa de fluir nos pulmões do ser vivente no mundo material, o espírito leva com ele tudo o que aprendeu e deveria este momento ser vivido com o sentimento de gratidão pela oportunidade que teve de aprendizado. Não importa se por minutos ou por décadas, a matéria deixa marcas no espírito, a matéria deixa impressões e o espírito opta para que estas impressões lhe impulsionem para o progresso e para a felicidade ou para ancorar-se na dor e no desespero.
Não existe erro e nem ócio na obra do Pai. A fé é a confiança de que tudo que vem dele é justo, é bom e é no tempo certo. A fé alimenta o espírito endividado, a dúvida traz a revolta, o cansaço e o estacionamento da criatura nas ações que lhe magoam e lhe maltratam a existência. Necessário realizarmos obras que representem aquilo em que acreditamos; necessário saber que o tempo entre o berço e o túmulo é o tempo que temos para deixarmos nossa marca, nossa impressão nas pessoas com quem convivemos. Necessário fazer com que aquilo que acreditamos seja alimento para a memória que deixamos.
Necessário viver com simplicidade, necessário viver com verdade, necessário aceitar as dificuldades inatas que temos como material a ser aperfeiçoado. Jesus ao escolher seus discípulos conhecia as dificuldades de cada um e os escolheu justamente para que suas dificuldades se transformassem nas marcas que deixariam como legado na busca do aperfeiçoamento. Jesus sabia da alma inquieta e duvidosa de Thomé e o manteve junto a si para que desenvolvesse a confiança; Jesus sabia das dificuldades internas que Judas possuía e o manteve junto a si na busca de esclarecer seu mundo interior; Jesus sabia das alterações de humor de Pedro e o manteve junto a si e o estimulou a ser aquele que edificaria a sua igreja. Em cada casa de Deus, cada templo, a cúpula ali presente conhece as dificuldades e os defeitos de cada um dos médiuns que as compõem e permite que ali estejam porque sabem que ali será o palco e a oportunidade para exercitarem o caráter, minimizarem as dificuldades, apararem arestas. Tal qual Jesus conhecia as dificuldades de seus discípulos e os amou a todo o momento, também as casas de caridade acolhem, recebem e mantêm em seu interior espíritos endividados com a lei para que através do trabalho, do estudo e do exercício melhorem-se.
Espíritos de luz encarnados vêm ao mundo em missão; espíritos endividados vêm ao mundo e são médiuns para com o exercício mediúnico lapidarem a pedra bruta que habita em seu interior, se melhorem, se engrandeçam diante do pai através do reconhecimento das faltas; não fazendo delas bandeiras que justificam o seu atraso, mas através delas contarem nova história de si, lavarem o sofrimento através do trabalho, da dignidade, do amor ao próximo, da renúncia, da caridade.
Graças a Deus.