Graças a Deus.
Que a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos nesta tarde em que retornamos aos nossos afazeres de trabalho mediúnico.
Que possamos marcar o dia de hoje como um retorno às atividades e na expectativa da espiritualidade de que filhos retornem, tal qual retornou o filho pródigo à casa do pai. Importante termos em mente o ensinamento que nos traz a parábola do filho pródigo para que diuturnamente nos lembremos dos ensinamentos que ela encerra e nos coloquemos em nosso lugar de humanidade necessitada de Deus. Para que possamos, aliados com isso, buscar a conscientização.
Muitos falam em progresso, como se o progresso fosse vos aliviar de uma carga de um passado que não vos deixa. Como se com o progresso deixasse para traz o passado doloroso e que o presente e o futuro sim, são importantes. Precisamos falar além do progresso, porque este acontece, da conscientização. Quando nos conscientizamos de nosso papel, de nosso momento, de nosso estado, conseguimos tirar os ensinamentos do passado, do presente, do futuro e alocarmos esses ensinamentos em seus lugares correspondentes. Valorizando tudo que fomos e que aprendemos sem dor, seguir aprendendo e ver que o futuro é aquilo que eu vou construindo hoje neste momento e me responsabilizando a todo momento por tudo isso, mas me responsabilizando mais uma vez sem dor, sem o remorso, sempre com aprendizado.
Então que retornemos hoje aos nossos afazeres sendo abraçados pela espiritualidade, pela divindade, por vossos mentores, que novamente colocam em vossos dedos o seu anel e vos cobrem com a sua capa, e vos calçam os pés e que fazem uma festa em retorno ao que pertencemos e à missão que temos que construir. Porque ao retornar do mundo onde viveu, onde aprendeu, veio o filho pródigo cheio de aprendizado e de dores e de remorsos, mas vividos com a consciência de que foi necessário viver tudo aquilo para que pudesse seguir adiante.
Da mesma forma o filho que ficou também representa a humanidade, mas representa o ser humano que pensa que ficando sempre aos olhos do pai, agradando ao pai, mal nenhum está fazendo. Verdade que mal nenhum faz, mas também bem não faz. E é importante que busquemos fazer o bem. Não basta nos isolarmos do mal. Não basta estarmos sempre bem, não basta estarmos sempre belos e prontos para quando o pai nos chama. É importante que o nosso coração esteja repleto de vontade de aprender. Sem egoísmo, sem vaidade e sem injuria. Sem o olho voluptuoso na herança do pai. Porque toda herança do pai é dos filhos. Ela chegará no momento aprazado, no momento certo. Tanto o que peca quanto o que está junto do pai tem direito à herança como qualquer ser humano tem direito ao amor, à bondade, à alegria de estar com Deus na medida em que se sintoniza com ele.
Então que possamos deixar de lado o julgamento, a reclamação, o exacerbar do nosso ego e entendamos que cada filho, tanto o filho pródigo, com o filho que ficou são a humanidade. Somos nós em vários momentos de nossas vidas e que esse pai é Deus que a todo momento nos abraça, nos acolhe e sabe de nossas necessidades. Então que possamos nos entender, nos espelhar, mas não basta somente isso, precisamos dar um passo adiante ir na busca do pai. Que é estar em sintonia com ele. Sair da repetição dos ciclos de estar a todo momento pedindo perdão e alívio e arrimo, porque isso também é um ciclo vicioso. Da mesma forma que estar ao tempo inteiro bem aos olhos do pai também é um ciclo vicioso. Precisamos dar um passo adiante na feitura do bem, na vivência do bem, na certeza de que é bom ser bom, de que é bom ser justo, de que é bom ser pacifico, de que é bom seguir os valores que a civilização humana exige que vivamos para que possamos alçar nossa vibratória e o próprio mundo a melhores degraus, a melhores sintonias.
Que a tarde de hoje filhos sintam-se novamente nos braços do pai, mas façam por onde seguir sendo beneficiados com atitudes internas e externas que vos coloquem nos degraus de real merecimento das graças dele.
Graças a Deus.