Graças a Deus.
Que a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos nesta tarde em que se reúnem em nome de Jesus, um dos grandes profetas que vossa humanidade presenciou; que esteve entre vós e que deixou sua mensagem e até hoje suas palavras seguem atuais em vosso mundo.
Nunca se viu tanta necessidade de Jesus na vida do povo como na atualidade em que o homem perde o sono, em que o homem busca abreviar sua vida, em que famílias se dissolvem pela incapacidade do perdão, da convivência e da compreensão.
Nunca as palavras de Jesus foram tão necessárias quando ele disse que devemos dar a outra face. Porém dar a outra face não é seguir repetindo erros e sofrendo num silício emocional e físico a que filhos se acostumaram. Mas quando Jesus pede para que o homem mostre a outra face, ele pede para que o ser humano mostre a face que ele ainda não mostrou. A face que está oculta e que até mesmo o homem desconhece, porque ainda não a desenvolveu em sua plenitude. A face da compreensão, do perdão, do amor próprio, do auto carinho, do auto cuidado para que cuide do outro. A outra face, a face que busca a modificação porque ele pede a outra face e não a mesma. Ele pede renovação.
O mesmo Jesus disse: não vos impacienteis pelo dia de amanhã, pois a cada dia compete o seu mal e Xangô, solicitava a seus súditos dizendo que só existe um dia no mundo em que o homem pode fazer alguma coisa, e é o dia do hoje. Então a sintonia entre as palavras de Jesus e a advertência de Xangô, dizem para que o homem viva o hoje e modifique-se porque se a vida é uma sucessão de acontecimentos, um somatório, um resultado de tudo que ele vem plantando; é hoje que eu realizo coisas e que eu modifico coisas para que o meu amanhã seja melhor.
E o homem voltará a ter seu sono tranquilo e sua saúde equilibrada quando ele perceber que existem coisas que são suas, de sua vida, de seu carma, fruto de suas ações, e há coisas que não lhe pertencem e por isso mesmo; se há coisas que o homem controla, existem coisas que o homem não controla. Se controlo as coisas que consigo controlar, preciso apenas fazer o que é necessário para tê-las no controle. Se é a calma, se é o labor, se é a ação, se é o estudo, se é a modificação, se é o perdão. Qual é a ação que eu tomo para agir nas coisas que estão sobre o meu controle e ajo, porque a responsabilidade é minha. Mas há coisas que não estão sob o meu controle, se não estão no meu controle existe uma consciência maior do que a minha controlando, devo satisfazer-me em conviver aprendendo porque nada acontece na vida do ser humano sem que seja necessário para que ele viva.
Somos movidos pela ordem e não pelo caos. Somos movidos por um amor que nos educa e não que nos vicia. Quando aprendemos isso, passamos a entender a nossa responsabilidade no grande caleidoscópio que é a vida humana, em sua beleza, em sua organização, nada está errado e quando fazemos parte de uma família, e quando fazemos parte de um trabalho, e quando estamos no caminho de um lugar a outro. Tudo isso é regido por energia de afinidades de ação, de reação, de repulsa e atração e o nosso papel é entender que precisamos estar em sintonia com tudo isso. E a sintonia da harmonia com tudo isso está na aceitação daquilo que eu não controlo e na busca do evitar o erro para que a minha vida siga sendo útil. Quando eu aceito aquilo que é meu, vivo mais em harmonia e deixo de lutar, tal qual quando filhos estão em uma areia movediça, quantos mais filhos se debatem, mas filhos se afundam. Se filhos buscarem acalmarem-se pela própria ação, filhos boiarão. Então as vezes vivemos um problema em que não aceitamos, debatemos e mais problemas acontecem, porque estamos exatamente onde temos que estar. Estamos na família que precisamos estar, estamos no templo que precisamos estar, estamos no mundo que precisamos estar, no corpo que precisamos estar.
A aceitação disso é primordial para que a vossa saúde encontre equilíbrio através da aceitação de tudo que precisam passar e aí sim o tempo se encarregará de levar o que é necessário levar e deixar em vocês a paz da luta bem vivida, do serviço bem realizado, da consciência de pertencer a um momento e um tempo em que as lutas se fazem necessárias para que possamos nos despir das vaidades, do ócio, da preguiça, da não aceitação de si mesmo, para seguirmos adiante com mais leveza, e mais tranquilidade.
Quando percebermos que a vida é o que fazemos dela, aceitando ou não, seguimos a diante. Então que a aceitação e a fé de que Deus não é um Deus de vinganças e castigos, mas aquilo que ele nos dá é a mesma coisa que um pai que dá ao filho o alimento e a proteção necessárias, estaremos percebendo que estamos cumprindo o nosso papel na obra de Deus.
Graças a Deus.