Mensagem do Sr. Exu do Cheiro em final de sessão de Boiadeiros do dia 27 de janeiro de 2024.


Boa tarde!

O que se espera de cada um?

A assistência também me dirijo, vos apresentando. Sou aquele que observa cada um que passa por aquele portão. Ninguém passa por aquele portão sem a criteriosa observação desse que vos fala e da equipe, por ele comandada. 

Então ao passarem reverenciem também os guardiões que ali passam. Digam: Boa tarde sr Exu do Cheiro. Que eu possa ser digno de tudo aquilo que aqui escutarei e que verei e que ao passar novamente aqui na minha despedida possa também lhe louvar, lhe agradecer, e seguir a minha vida. Porque cada um vem aqui pedir algo, mas poucos são os que saúdam e os que agradecem e o agradecimento faz parte não só da educação, mas principalmente do selar de ciclos e amizades sinceras e sadias. Então passem a reverenciar também o guardião da casa que vos acolhe. 

A mesma coisa digo aos médiuns. Porque antes de cada um pedir a sua permissão para indossar esse hábito que vestem, muitos com um pouco de vaidade, muitos com orgulho sincero, muitos com a sabedoria do dever que estão a cumprir. Antes de cada um chegar à frente de um dirigente dessa casa, passou antes pelo crivo e pela observação nossa. E é em nome dessa observação que venho hoje vos falar. 

Os tempos de recesso, são recesso. São o repouso do corpo material para que se refaçam, para que se preparem para os trabalhos do ano que se iniciará. As licenças que recebem, que pedem, que ainda têm, também não passam despercebidas. Sr Altair vem hoje dizer que está feliz com alguns, entristecido com outros. Não direi nomes, não interessa. Cada um sabe com quem eu estou falando, mas no tempo de recesso de um corpo mediúnico, ele segue sendo médium, ele segue sendo filho, ele segue sendo representante do templo ao qual pertence. O recesso não desliga ninguém de suas obrigações, mas quando falo obrigações não são só as obrigações mediúnicas, as obrigações consigo mesmo. O tempo de recesso não é uma ruptura e a vida segue igual para todos durante o nosso recesso. E graças a Deus que ela segue. E a postura do médium é necessária que seja igual e perene durante todo o tempo, porque a vida vos visita, vos convida a várias coisas. Dificuldades acontecem, alegrias acontecem, momentos de estagnação acontecem. Perdas acontecem, ganhos acontecem e o médium segue sendo observado e cobrado na sua postura em todo esse momento e o que fazem com o aprendizado que recebem ao longo do tempo através da cúpula da casa, através dos próprios guias que carregam dando consulta ou não, segue igual.

Então muitos se animalizaram, muitos se revoltaram, muitos se entregaram a conversas desnecessárias a palavreados não dignos. Tudo observamos. Então nossos parabéns aos que seguiram com a sua postura de aprendizado e o nosso pesar aos que se deixaram levar pelo desespero e pelo esbravejar, pelos excessos. E o nosso alerta é este: Muito cuidado! Muito cuidado, porque a espiritualidade segura, mas ela também solta. Ela também aplica a lei da justiça e do carma e não foi à toa que Exu está nos regendo nessa reunião e seguirá com sua mão conduzindo cada um. Então que tenhamos uma postura digna onde quer que estejamos de roupa branca ou não, guia no pescoço ou não. Muito cuidado com a falta de fé, muito cuidado com o compromisso que assumiram. Com o comprometimento! O comprometimento foi nossa sugestão através do nosso comandante que acatou o nosso pedido.  Então que cada médium pratique o comprometimento de trazer pra si as responsabilidades que tem, que assumiu perante si, principalmente perante si. 

A tristeza, a revolta, a melancolia, a depressão, todos os estados de consciência que depreciam o ser humano e que o colocam no fundo do poço, são simplesmente a falta de sintonia com a missão. Muitos já sabem o que fazer, mas não fazem por medo ou por vaidade ou por preguiça. E aí chega o desassossego e a inadequação, porque enquanto não cumprirem o papel que tem que cumprir, a vida vos cobrará esta postura e a própria consciência. Não existe tribunal mais duro e mais implacável do que o tribunal da própria consciência. 

Então abençoem-se mutuamente com boa vontade. Perdoem-se mutuamente com boa vontade. Estejam dentro do nosso templo principalmente com boa vontade. Não querendo sugar conhecimento, não querendo aprender aquilo que não está na hora. Não cobrando da espiritualidade ou de vosso comandante ou de subcomandantes, aquilo que cada um ainda não está pronto a receber e a fazer.

E aos subcomandantes também nos dirigimos para que ajam, antes de tudo, como seres humanos, e não como cargos. Cargos são passageiros. Cargos passam! Pessoas substituem-se dentro dos cargos, mas o que o cargo ensina é único. Então aproveitem este momento para absorverem o que o cargo e a responsabilidade vos exigem. Sejam comprometidos com o cargo que ora ocupam sabendo que é passageiro. E cada um aqui também. Comprometam-se com o próprio crescimento. 

Não passem a mão na cabeça de quem quer que seja, porque a pena não leva ninguém a nada. Cada um está onde tem que estar, passa pelo que tem que passar. Deem a mão, mas não vivam o problema do outro e nem estimulem o sofrimento do outro. Estimulem a melhora. Insuflem o progresso. Insuflem ao trabalho, mas não permitam que a pena paralise o vosso crescimento e nem o do outro. E não imponham ao outro vossos problemas, o vosso sofrimento, cada um já sabe de cada um de seus problemas e a solução que tem que fazer. Então façam e ajam. E a espiritualidade vos presenteará com as soluções dentro do tempo e do espaço necessário a tudo isso.

Alguma dúvida?

Sorriam mais. Tragam mais alegria para vossas vidas. A tristeza afeta os vossos pulmões. O pulmão é o órgão da tristeza, assim como o estômago e o fígado sãos os órgãos da raiva. Em excesso, trazem para esses órgãos o sofrimento e a enfermidade. Então encham vossa vida, vossas casas com alegria. Seja de onde ela vier. É com amor e a delicadeza e seguirão espalhando a saúde material, emocional e moral, onde quer que se encontrem. Cantem! Desafinem! Riam de si mesmos. Pratiquem o autoperdão, a auto-observação, mas sempre com o bom humor e a boa postura. Sejam como perfumes que deixam boas lembranças, que a memória emocional que o perfume traz, vos traga as vossas posturas, esta sensação de serem como o perfume. Uma lembrança boa ou um anúncio de coisas boas, mas não a presença sufocante. Não se imponham a nada e nem a ninguém. Vivam vossas vidas com harmonia e a dignidade vos abraçará com carinho e delicadeza. 

   Graças a Deus.