Nanã é uma divindade de origem Jeje que foi assimilada pela cultura Yorubá. Orixá feminino, considerada como o mais velho dos orixás. É o princípio feminino ligado à lama, à mistura dos elementos terra e água, a matéria-prima com que Obatalá criou os homens. Seu culto remonta aos tempos anteriores ao uso dos metais pelo homem.
Está presente na chuva, no sereno, nos pântanos e no movimento imperceptível das águas. Nanã é a sabedoria adquirida através do tempo, é a existência acompanhada pela experiência. Ela é a regente dos grãos e das sementes, senhora da harmonia entre o homem e a terra. “Quando esperamos ouvi-la, ela se cala, mas, quando sua voz se ergue, suave e intensa como o sereno das tardes de inverno, paramos e suas palavras calam a multidão, apagando a angústia e preenchendo os corações com doçura. Nanã cala e os velhos despertam; Nanã fala e as crianças adormecem. Ela é a perfeição da vida, refletida na sabedoria de longos anos bem vividos.”.1
Ela é a divindade que controla a passagem, a fronteira entre a vida e a morte. É o encantamento da própria morte. Tornou-se a dona da morte e a ela são endereçados os pedidos de vida longa e próspera. Vibra na cor roxa e seu sincretismo é feito com Sant’Ana 1. Trecho extraído do livro “ACAÇÁ- Onde tudo começou” de Pai Cido de Òsun Eyín, Editora ARX
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