Assim como Nanã, de quem é considerado filho, Oxumarê tem seu culto originário em Mahi (ex-Daomé) onde é conhecido como Dan, a serpente sagrada. É um orixá masculino, senhor de todos os movimentos, de todos os ciclos, dos ciclos da vida, da natureza, da renovação constante da vida. Ele é a mobilidade e a atividade. Senhor de tudo o que é alongado como o arco-íris, as serpentes e as grandes árvores. O cordão umbilical é a ele consagrado e por isto Oxumarê é associado à longevidade.
É o símbolo da continuidade e da permanência. Uma de suas representações é uma serpente que se enrosca e morde a própria cauda, um símbolo de união dos opostos e de infinitude pois não tem começo e nem fim. É cultuado como uma imensa serpente que se enrosca em volta da Terra garantindo a sua estabilidade, seu movimento de rotação e translação. Se Oxumarê deixar de existir, será o fim do mundo.
Seus principais símbolos são o arco-íris e a serpente. O arco-íris como símbolo de união entre a terra e o céu, sinal de bonança e de bons tempos. A serpente é o símbolo da renovação, já que trocam de pele periodicamente. Oxumarê é também o orixá da riqueza, do dinheiro, da fartura, do lucro e da abundância. Seu encanto está no tilintar das moedas, está presente nas negociações, na compra, no lucro e na perda, nos lugares onde há circulação de dinheiro.
“Oxumarê é tão grande que do céu consegue tocar a Terra. Poderoso e rico, é senhor de muitos búzios, de muitos tecidos coloridos e vistosos. Beleza lhe sobra, esbanja sabedoria e astúcia. Belo, belo, belo como os raios de sol sobre as gotas de chuva. Misterioso como a serpente que hipnotiza com seu olhar penetrante.”
Oxumarê é enigmático, belo e próspero como demonstra um de seus orikís (versos sagrados)
Oxumarê que fica no céu,
Controla a chuva que cai sobre a terra
Chega à floresta e respira como o vento
Pois, venha até nós para que cresçamos e tenhamos longa vida.