Sessão de Boiadeiros do dia 07 de maio de 2016.


Mensagem do Caboclo Sete Flechas em sessão de Boiadeiros do dia 07 de maio de 2016.

 

Graças a Deus, que a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos nesta tarde.

Sempre iniciamos nossas palavras desta forma, como uma introdução necessária para o abrir de vossas mentes para o que vai ser dito. O ser humano é movido pelas repetições e pelos rituais. A cada vez que se toca a sineta cinco minutos antes de iniciarmos os trabalhos, os filhos estão programados a entender que é chegada a hora do silêncio, porque se tocará a Ave Maria, porque estão oficialmente iniciados os trabalhos. Os trabalhos já vem ocorrendo desde as primeiras horas da manhã, para o ritual, oficialmente, a sineta vos indica que é para estarem todos em seus postos e sintonizado para darmos o prosseguimento.

Assim, a cada etapa do ritual que se faz, os filhos vão identificando símbolos que vão em um crescendo aumentando vossa sintonia até que se chegue ao momento da incorporação, da sintonia com os guias, da consulta e da mesma forma outros símbolos ritualísticos vos indicam o término dos trabalhos para que pouco a pouco retornarem à vida normal.

Assim é o ser humano é movido; marca seu tempo pelos rituais. É assim que a cada vez que chega o final do ano com a movimentação das festas natalinas, muitos se sintonizam com a melancolia ou com a euforia, pois isto vos remete a estados de espírito condizentes com vosso momento e adiantamento espiritual. Assim é com os festejos de cara suja[1], assim é quando chega o momento da paixão de Cristo e assim a cada momento do ano, os filhos se sintonizam com alguma mensagem para vossa evolução.

Também nós começamos nossos discursos com o “Graças a Deus, que a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos” para vos sinalizar que uma mensagem está para ser iniciada e assim os filhos se preparam mentalmente para ouvir e assim os filhos vão sendo envolvidos e doutrinados.

Da mesma forma muitos ditados em vosso mundo vos alertam e trazem ensinamentos. Hoje falaremos sobre o ditado que diz que “fulano não dá ponto sem nó” ou seja, fulano sempre faz algo com uma intensão; aquilo que fulano faz sempre tem um mais além, está preparando o terreno para outro movimento. Isto por que? Porque as bordadeiras ao fazerem seus trabalhos os finalizam dando nós para que não se desfaçam, para que seu trabalho permaneça, porque qualquer ponto feito sem uma finalização facilmente será desfeito, pouco efeito terá a sua existência. Quando alguém dá um nó ao final de um ponto significa que aquele ponto é para ser permanente. Se alguém não dá ponto sem nó, esta pessoa visa efeitos duradouros em suas ações.

Com isto alertamos vocês; cuidado com o que pedem, porque pode ser atendido. Uma vez atendido, uma vez o nó dado no ponto que deram, no pedido que fizeram; é vossa responsabilidade levar adiante tudo o que ele traz de consequências sejam elas quais forem. Sabedores hoje da importância do poder da palavra e das emoções que elas suscitam, tudo aquilo que ela impregna, vosso teor vibratório, são cada vez mais responsáveis por tudo o que emitem e mandam de mensagem ao universo; e não somente pelas preces que fazem, pelas oferendas que fazem, pelos pedidos que fazem nos momentos de êxtase.

Qualquer movimento do pensamento, qualquer ação, qualquer atitude do ser humano colore a sua permanência do mundo e envia mensagens para o universo e, pela força da atração, pode se concretizar. Mais uma vez alertamos; cuidado com o que pedem, pois pode ser atendido.

É importante, antes de tudo, saber o que pedir para que possam pedir correto, para que possam pedir de maneira justa. Para saber pedir, mais importante, é saber o que precisam, o que querem e, mais importante ainda, saber quem são. Somente quem sabe quem é, sabe o que precisa, sabe o que pedir e como pedir, para fazer com que as amarrações dos nós dos pontos que fazem e para que vosso trabalho de vida, vossa criação sejam trabalhos harmoniosos com pontos que firmem vosso trabalham, tragam valor e agreguem beleza e significado à vossa existência.

O valor da prece, o valor das atitudes que se tem; tudo isto conta em vossa consciência, conta em vossos méritos ou em vossos débitos para consigo. O ser humano antes de dever a Deus e ao próximo, deve a si. A sua consciência que o faz grandioso, pecador ou nulo diante de si.

Possam aprender a pedir, possam aprender a agradecer e a partir daí possam ser felizes.

Graças a Deus.

[1] Carnaval