Mensagem do Caboclo Sete Flechas em sessão de Caboclos do dia 27 de Maio de 2017.
Graças a Deus.
Que a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos vocês. Que já estejam todos imersos na grande energia positiva preparada para todos aqui presentes nesta tarde.
Todos aqui, cada um com sua vida a seguir, sua vida a viver. Cada um com a sua trajetória a ser trilhada no mundo de carne, fazendo uso da religiosidade para a busca de um conhecimento ou de um arrimo para tudo aquilo que a vida na Terra vos oferece. Vosso mundo é um mundo de provações, mas também é um mundo belo. É importante que saibamos valorizar o que há de bom em todos os momentos para que a gratidão e a apreciação do belo sejam fluxos de energia positiva para a vida continuar sendo sã, porque quando o homem abraça a dor, quando abraça o desespero, toda sua vida se transforma em um grande martírio, em uma grande cruz a ser carregada, mas quando o ser humano busca em cada momento observar o que há de bom e belo para ser aproveitado, tudo isso vai ajeitando as engrenagens da vida e se consegue trilhar com mais clareza no mundo Terra.
Disse o próprio Jesus: “Vinde a mim todos vós que sofreis e eu vos aliviarei.” Então entendemos que ele não prometeu isenção de dor, mas prometeu o alivio. A dor faz parte do mundo humano; não só a dor física, mas a dor moral, a dor das chagas emocionais. Tudo isso faz parte do aprimoramento da criatura em seu desenvolvimento. A dor é necessária porque a dor é uma alavanca de progresso para espíritos endividados com a lei, mas o sofrimento filhos não precisam abraçar. Enquanto a dor for professora, essa será uma grande companheira e auxiliadora, mas quando o homem abraça o sofrimento fazendo dele uma bandeira da sua inércia, o progresso o homem estagna-se na sua trajetória e mais sofrimento advêm da própria estagnação.
Então é importante entendermos e percebermos que Deus fez o homem para sua alegria, para que ele seja feliz, porque este é o destino de qualquer criatura saída do ventre de Deus. Passa que Deus não é um dono de marionetes que brinca com seus bonecos e a alguns premia com alegria, com felicidade, com fartura e a outros com enfermidade, com a loucura e com a perda, não. A sabedoria de Deus, em sua lei do retorno, colocou que a cada ação existe uma reação, que pensamentos e palavras são forças poderosas e que estas forças atraem tudo que lhes é afim. E tudo isso sempre vos foi falado, tudo isto esta escrito há muito tempo. Tempos que se perdem na poeira do tempo. A sensibilidade que o homem tem através do seu amadurecimento e da sua disponibilidade ao crescimento é que o faz entender que quando passa a modificar a sua atitude perante a vida, diante tudo aquilo que ele construiu, ele passa então a ser transformador de si mesmo e de seu destino.
Não existe destino para a infelicidade, tudo isso são momentos que filhos vivem através de retornos de posturas incorretas perante a vida e que nem se percebem. Porque a inércia, a falta de fé, a descrença, o não querer, são infantilidades da alma ainda imatura no seu crescimento e que exige de Deus a felicidade quando ela mesma não faz por merecer. Então é importante assumirmos a responsabilidade por tudo aquilo que fazemos e até pelo o que não fazemos, se o que fazemos traz retorno o que não fazemos não traz retorno algum.
Então é importante que sejamos responsáveis por aquilo que desejamos e que saibamos pedir, que saibamos o que queremos para que possamos pedir melhor. Para que possamos ter consciência de tudo que estamos fazendo conosco. Assim é na religiosidade, assim é na vida em família, assim é em todos os papéis que o homem ocupa em sua existência terrena. Estão a todo o momento desenvolvendo papéis em nossas vidas e nas vidas dos semelhantes. mas é importante percebermos que um papel bem desempenhado ou um papel correto, traz os seus retornos de acordo com tudo aquilo, com o papel que se vive.
Pois então não basta um papel de pai, ou um papel de mãe, necessitamos ter o papel de bom pai e da boa mãe. O papel de filho, o papel de bom filho, de bom instrutor, do bom médium, do bom religioso, da boa pessoa, do homem de bem. É isso que se espera através da religiosidade, ela não é para vos satisfazer os desejos pequenos, do pouco alcance da visão que se tem quando se é imaturo, mas a cada vez mais abrirmos os nossos horizontes perante a espiritualidade que nos acena e percebermos que os nossos desejos, necessitam também ser desejos que façam bem aos nossos semelhantes, porque é este egoísmo pequeno que faz a pouca religiosidade, a pouca fé. Porque a cada um vem, de acordo com o que merece com o que cultua com o que busca. E Deus vos dá exatamente aquilo que sabe que terão condições de lhe darem e de crescerem ainda mais. Então esperem de Deus sim, progresso e trabalho e deem a Deus a expectativa de que estão querendo ser melhores. Busquem através de vossa prática religiosa o aprimoramento de si. Entendam que a matéria é passageira. É importante o dinheiro, é importante o trabalho, é importante o conforto, mas também é importante a higiene interna para que possamos compreender melhor qual é o nosso papel perante a nossa humanidade e a nossa própria existência.
Graças a Deus.
Mensagem do Caboclo Sete Flechas em final de sessão de Caboclos do dia 27 de Maio de 2017.
Graças a Deus.
Chegamos ao final de mais um trabalho com a espiritualidade, mais uma oportunidade para os filhos de convivência com a espiritualidade que escolheram como sua diretora e esta sempre tem um direcionamento, um fundamento, uma diretriz, a vos dar na vida.
É importante comungarem e seguirem comungando com as forças que conosco conviveram; Obá e Ogum, Orixás guerreiros, mas não aqueles guerreiros que são violentos por nada e tão somente decepam cabeças e aniquilam inimigos. É importante vermos na figura do guerreiro aquele que é um companheiro, um auxiliar de jornada que faz com que tenhamos uma visão mais direcionada de nossas vidas, porque muitas vezes os inimigos que atropelam nosso caminho são inimigos internos que criamos e que alimentamos e que tornam-se verdadeiros monstros a atrapalhar a nossa visão do nosso crescimento. Importante ver com estes guerreiros que hoje trouxeram o equilíbrio e a higiene emocional que sim, existem problemas a serem solucionados, sim temos um problema, mas o problema não pode ser tão grande a ponto de se tornar um monstro e nos paralisar; também não pode ser tão pequenino a ponto de o desprezarmos e mais adiante termos surpresas desagradáveis; o problema tem que ter o exato tamanho que ele tem.
Se é um problema de saúde, se é um problema sentimental, se é um problema financeiro temos que observá-lo, reconhecê-lo, ver o seu real tamanho e tomarmos as medidas necessárias para a sua solução que muitas das vezes são pequeninas mudanças de postura ou de comportamento que fazem com que ele entre em declínio. As mesmas ações, sempre trarão as mesmas reações; então muitos problemas são retornos de ações que fazemos repetidamente e que insistimos em fazer e que culpamos os outros por reações que são tão somente retornos de nossas ações, de crenças que nos limitam, de posturas erradas. E a vida vai nos ensinando que problemas e dores são professores, alavancas do progresso do ser humano e cabe a ele (o ser humano) perceber de onde vêm parar que possa sana-los encontrar a felicidade.
É importante também percebermos como os filhos falam que uma casa de caridade é como se fosse um segundo lar, como se fosse nossa segunda família. É importante e é bela esta visão da família espiritual, mas enquanto se entende a família sinônimo de aconchego, de acolhimento, de amor e de perdão, mas não nos esqueçamos que muitas vezes dentro de nossa própria família existem silêncios, existem mágoas que não tratamos e com isso vamos levando e envelhecemos e adoecemos por não tratarmos os relacionamentos que necessitam ser tratados. Pois então se nosso terreiro é uma família, se vivemos também uma família de sangue, que possamos também observar todas essas poeiras e sujeiras que insistimos em negar colocando em baixo do tapete ou atrás dos móveis e possamos solucioná-las com amor e com verdade.
É isso que Obá e Ogum também nos falam na tarde de hoje: não sejamos cegos ao que está gritando à nossa frente. Que saibamos dizer o “sim” , o “não” e o “talvez” e também dar o amor e o perdão, porque são eles cicatrizam as emoções e os corações.
Importante filhos não terem pressa em vossa mediunidade. Importante filhos terem a consciência de que a mediunidade é como se fosse um grande prato de um mingau muito quente; devemos comê-lo pelas beiradas. Aprendendo a cada momento, a cada reunião. A pressa é má conselheira dos médiuns afoitos. Então tenhamos essa paciência. Muitas vezes temos uma curiosidade enorme de sabermos quem é o nosso orixá, quem é o nosso guia, como é ele, como não é. Tudo isso vem aos filhos na medida em que se permitem, mas como se permitir? Com o estudo, com dedicação, com disciplina, com assiduidade, com abertura da mente, cada vez mais sabedores de que somos eternos aprendizes.
O momento de aprendizado é o melhor momento de um médium, porque a cada vez que ele assume compromissos, mais compromissos vêm, e mais e mais dúvidas vêm, porque a mediunidade não termina nunca o seu desenrolar. Ela se desdobra cada vez mais que se permite, então sanemos primeiro as dúvidas iniciais para depois então vermos as dúvidas que realmente podem nos trazer cada vez mais conhecimento em vossa trajetória.
Graças a Deus.