Mensagem do Caboclo Sete Montanhas em sessão de Descarga do dia 16 de maio de 2015.
Graças a Deus, que a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos nesta manhã.
Mais uma vez os filhos se reúnem em nome de Jesus; disse Jesus que sempre que duas ou mais pessoas se reunissem em seu nome, que ele estaria presente. Assim vem sendo a ocorrência a cada vez que os filhos buscam o esclarecimento, a caridade, o congraçamento, o amor, aproximarem-se do que é belo e justo; a cada vez que os filhos realizam isto com o coração aberto para o aprendizado, Jesus se faz presente através da simples conexão com vossos mentores, na confiança que vem angariando com os conhecimentos que adquirem, a cada vez que se sentem prontos para o trabalho e ao mesmo tempo aprendizes com o trabalho. Eis o coração da missão de Jesus evangelizar com a convivência.
Suas palavras ainda hoje ecoam em vosso mundo, ainda hoje se fazem presentes e atuais para o vosso dia-a-dia. Nas suas narrações simples o homem encontra o modo de bem viver, uma cartilha de evolução que o homem percebe que é simples, mas que não é fácil, pois requer a todo o momento o olhar para si, o perceber em si o que é necessário fazer modificações e toda modificação gera medo e insegurança e o ser humano precisa sentir-se seguro para ir adiante. Acostumando que está a padrões de pensamento que não se adequam mais, acostumado a figuras mentais de comportamento, quando se vê desafiado à modificação o ser humano rebela-se ou estaciona enquanto Deus e vossos mentores esperam que a insatisfação seja a mola do vosso crescimento.
Primeiro se convida à evolução pelo amor, mas o progresso e força presente a todo o tempo e quem não progride pelo amor progredirá pela dor; por isto optem pelo amor, pois a dor de qualquer maneira vos impulsionará. O homem movimenta-se no mundo para afastar-se da dor ou para buscar o prazer. Tenham na consciência que o progresso e o tempo caminham juntos; assim como o tempo vos arrasta mesmo que não queiram, o progresso vos encontra independente de vossa vontade. É imperioso que o homem se adeque, é imperioso que o homem se burile pois o mundo a cada dia exige posturas adequadas ao ambiente de vocês. Que as informações sejam cada vez mais concisas e esclarecedoras, possa o homem encontrar efetivamente respostas mesmo que elas sejam “não” ou “ainda não”, porque são respostas que Deus dá.
Possa o homem aprender que cresce e evolui com o “sim”, com o “não” e com o “ainda não”. Possa encontrar em si toda a força para ir adiante.
Hoje relembraremos e veremos com outra perspectiva um simples ensinamento de Jesus, mas nem por isto, isento de ensinamento. Falamos da parábola do Filho Pródigo onde todas já sabem que o filho mais novo solicitou ao seu pai a parte que lhe cabia em sua herança e saiu de casa na busca de aumenta-la através de empréstimos, mas inconsequente e imaturo esbanjou todos os seus bens, acabou retornando para a casa de seu pai solicitando que fosse recebido como um servo pois havia pecado contra Deus e contra seu pai. O pai o recebeu com todo amor, mandou que lhe calçassem os pés, lhe colocassem um manto, lhe deu seu anel, mandou que matassem um novilho e festejou o retorno de seu filho.
Até aqui todos conhecem a história e avaliam o filho que esbanjou seus dons. O médium que não soube utilizar seus dons ou os perdulários sem disciplina e cada um de acordo com sua ótica dá as conclusões que seu momento evolutivo permite, mas pouco ou quase nada se fala do segundo filho. O filho que ficou com o pai, o filho que permaneceu junto a ele e quando ouviu sons de festa na casa do pai perguntou do que se tratava, o servo respondeu “seu irmão retornou” e logo perguntou “fez fortuna?” o servo disse “não” e ele rebelou-se dizendo “estive a todo o momento com meu pai e ele nunca me deu um novilho para festejar com meus amigos, sempre estive ao lado dele e jamais fui reconhecido, no entanto meu irmão retorna e é recebido com festa.” O pai lhe responde: “você sempre esteve comigo, você sempre teve todas estas coisas e tudo o que é meu é seu” dizendo isto convidou o filho mais velho a entrar em casa e festejar com o irmão mais novo.
Nossa história chega até aqui. É importante perceberem que tanto o filho pródigo como o filho que ficou com pai, vocês exercem cada um a seu tempo e à sua maneira os dois papeis de acordo com o momento que vivem. O filho prodigo é aquele que gastou sim. Gastou seu tempo, seu conhecimento, não soube utilizar os dons que recebeu, mas isto não faz o filho que ficou mais evoluído. Quantos de vocês permanecem obedecendo ao pai, fazendo tudo que lhes é designado e quando outra pessoa alcança uma vitória perguntam “porque não eu?” “porque meu pai me ignora”, “porque meus guias não me atendem?” “faço tudo correto e nunca sobra nada para mim”, “também farei algo errado, pois só os errados são premiados”.
Passa que o filho que ficou são aquelas pessoas que frequentam as casas religiosas, que dizem obedecer a tudo, mas na verdade têm a crítica em tudo o que veem, enxergam sempre o que há de mal nos outros, que não sabem o que querem e por isto não sabem pedir e é por isto que o pai parece não lhes atender. Na medida em que se conhecerem, souberem quem são e o que precisam, e pedirem, saberão alcançar. Por isto o pai lhe respondeu “tudo que é meu é seu, pois você sempre esteve comigo”. São aquelas pessoas que se acham donas da verdade, que apontam defeitos o tempo todo e que não desenvolvem o perdão pelos que erram. Se ele realmente comungasse com o pai, todo o seu conhecimento e poder, compreenderia a necessidade de seu irmão, também o receberia, também o abraçaria, pois sabe que tudo que é do Pai pertence a todos nós.
Ora os filhos pedem poderes e glórias, ora pedem conhecimento e quando Deus vos dá não sabem aproveitar, perdem tempo e usam mal os dons ou então já tem tudo e não sabem utilizar. Ora são pródigos, ora são aqueles que ficam e nada fazem. Deus conhece exatamente a necessidade de cada um; conhece as potencialidades de cada um e foi por isto que o pai deu ao filho a parte da herança que ele queria, pois sabia que ele tinha condições de ter sucesso em sua empreitada, mas que também poderia falhar e o aguardou para qualquer que fosse o resultado. O pai também sabia das necessidades do filho que ficou e aguardou para que ele pedisse o que fosse necessário.
Efetivamente o pai é Deus bondoso, misericordioso, amoroso, conhecedor de todos os seus filhos e efetivamente ora os filhos são o filho pródigo e ora são o filho que fica.
Sabedores que comungam já, e desde sempre, a intimidade com o Pai, a intimidade com vossos guias, que possam saber aproveitar os dons e as oportunidades que têm, não desperdiçar vosso tempo e força com coisas menores que consomem a alma e o tempo. Que possam fazer valer a responsabilidade que solicitaram. Foi isto que o filho pródigo fez: solicitou responsabilidade. É isto que o médium pede quando entra para sua casa religiosa, é isto que o médium pede quando pede forças para trabalhar, é isto que pede quando diz o “sim” à sua mediunidade. É tudo que devem fazer é fazer valer aquilo que abraçou. Não desperdiçar os sábados que aqui vêm com coisas comezinhas, não desperdiçar os dons que têm com assuntos que não merecem e não devem ser tratados pela espiritualidade; não comercializar seus dons para que não os percam.
Da mesma forma não se embrenhem em vossos templos realizando rituais e obrigações apenas para agradar ao pai. Agradem a si, façam por prazer, façam porque querem, conheçam-se, saibam quem são para que possa pedir aquilo que vos é determinado e assim trabalharem como deve ser.
As palavras de Jesus são atuais, que possam cada vez mais aproximarem-se da sabedoria, saber usa-la para crescer.
Graças a Deus.
Assista o vídeo de Rodrigo Queiroz da Umbanda EAD, que foi utilizado em ajuda aos estudos dos médiuns neste dia.