Mensagem do Caboclo Sete Montanhas em sessão de Descarga do dia 24 de Março de 2018.
Graças a Deus.
Que a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos vocês nesta manha.
Que estejamos todos imersos no ambiente de nossa casa e, em sintonia, buscarmos angariar o conhecimento que precisamos para seguir com a vida lá fora.
Sempre vos falamos que toda casa religiosa é um posto de refazimento onde filhos angariam aquilo que precisam para seguirem com vossas vidas, mas a vida não é só a vida religiosa. Filhos têm outros afazeres e outras atribuições e responsabilidades que também demandam a vossa atenção e sempre é necessário, sempre se faz presente o alerta: Esteja o homem onde estiver, esteja ele ali (onde se encontra) para que possa mostrar-se presente e efetivo em sua estadia. Se estão cá dentro, estejam cá dentro, vivendo cá dentro, aproveitando o que tem aqui dentro; para que possam ser úteis e serem felizes. Mas se estamos lá fora, por qualquer outra necessidade ou convicção ou acontecimento, estejamos lá fora. Sejamos úteis aonde estamos para que nossa estada aonde estivermos seja valida, seja proveitosa. E assim seremos mais honestos conosco e com quem está ao nosso lado.
Assim é nos relacionamentos, assim é nos afazeres. XXX travamos conhecimentos que nem queremos travar, mas travamos porque não temos a coragem de dizer o não, de fazer os cortes dos laços desnecessários. Vamos carregando relacionamentos doentios de amizade ou de matrimonio desnecessariamente. Precisamos saber onde estamos em que momento estamos de nosso amadurecimento, se precisamos dessas coisas ou não. E se estamos fisicamente em um ambiente; o que estamos ali fazendo? Estamos ali para servir? Para ser servido? Para contribuir? E assim nos adequamos à nossa vida.
É importante lembrarmos que amanhã, Domingo de Ramos, inicia-se a semana do suplicio de Jesus. Ao entrar em Jerusalém foi aclamado como o Rei que tanto esperavam; que salvasse os hebreus do cativeiro da pobreza e da opressão. Nessa mesma semana teve um encontro com tudo aquilo que era necessário, todas as desilusões, todas as perdas que culminaram com a sua crucificação. Um momento aclamado, mas ao mesmo tempo sapiente de tudo aquilo que o rodeava e também sabendo tudo aquilo que viria após aquele ápice. Então vos dissemos também, toda vossa vida é permeada por passagens que se espelham na passagem de Jesus. A sua convivência com os apóstolos que não foram homens letrados, eram homens do povo que ele moldou a serem apóstolos seus; também nós somos imersos em meio à família, meio à pessoas a quem também precisamos nos moldar e moldá-las. Essa é nossa missão para que tenhamos êxito.
Diante disso devemos estar sempre com os pés nos chão e quando a vida nos embala, sentimos todo o poder de ser XXX,, ou ter o poder, como o mediúnico, ou o que o dinheiro nos traz. Toda aclamação pode vir seguida de uma queda imensa, então não nos agarremos à gloria tão só pela gloria, mas com conhecimento do que a glória nos traz. Da mesma forma que em um momento podemos ter dinheiro e poder, no momento seguinte pode a vida nos tirar o poder e nos tirar a felicidade, e necessitamos saber conviver com isso. A prepotência, a vaidade, tudo isso nos cega. Então é importante estarmos conscientes de que nos momentos em que estamos completamente cheios de alegria e sins da vida, podemos no momento seguinte termos tudo retirado de nós. Jesus tinha plena consciência de tudo isso e é necessário também nós desenvolvermos a consciência de que a vida é efêmera, a vida é passageira.
É o conhecimento que a vida deixa que nos fortalece e que conosco fica. Então, tal qual Jesus diante de seu sofrimento rogou ao pai se era possível ser afastado aquele cálice, porque conhecia todo sofrimento físico e moral do suplício, rogou ao pai para que fosse isento. Dócil como era em sua personalidade e a tudo que era necessário, passou por tudo aquilo. Também o ser humano tem medo da dor, da pobreza, da doença, da perda. Também o ser humano tem medo daquilo que incomoda. É natura que peçamos ao pai o alivio de nossas dores, mas tal qual respondeu a Jesus que era necessário passar por tudo aquilo, nós também precisamos estarmos dóceis e passarmos por tudo aquilo que precisamos passar. Para que assim possamos nos redimir diante nós mesmos.
A dor é de quem sente, a cruz é de quem carrega. Tal qual Jesus assumiu aquilo que passou, sejamos também nós responsáveis pelas dores que acarretamos e que passamos, porque sabendo passar por ela, sairemos com mais conhecimento e mais fortalecidos. Toda ação tem uma reação; quando temos essa noção, percebemos e aceitamos aquilo que provocamos em nós mesmos. É importante abandonarmos a ideia de que o sofrimento é enviado por uma divindade que assim o faz para que possamos aprender, porque é a vontade de Deus, porque é assim, porque em outra encarnação fizemos mal a alguém e assim, mais uma vez, não assumimos a responsabilidade pelos nossos atos; tão somente estamos vivendo algo cuja razão ou origem nem lembramos. Mas quando abraçamos a responsabilidade, passamos com maior conhecimento pelos problemas que a vida traz, e deixamos de ter pena desnecessariamente por quem passa por problemas. A pessoa passa por problemas tão somente porque teve consequências, passa porque o sofrimento faz parte do mundo Terra, passa porque ninguém é XXX de Deus. Jesus passou pela sua cruz. Então assim vivemos com o sofrimento com mais naturalidade, mais harmonia, com os pés no chão para enfrentarmos aquilo que a vida tem a nos trazer, e com isso passamos a ter reações mais diretivas na melhora intima e na melhora do que está a nossa volta. Não ficamos esperando por milagres, porque assim como uma divindade, uma entidade trouxe um problema, ela também tirará, assim aguardamos, nada fazemos e não crescemos. Mas quando assumimos a responsabilidade buscamos auxiliar a entidade e a divindade a nos auxiliarem e assim todos crescem e todos estão mais próximos de Deus e do aprendizado.
Graças a Deus.