Mensagem do Caboclo Sete Montanhas em sessão de Mesa do dia 06 de junho de 2015.
Graças a Deus, bendito e louvado seja o nome de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Louvada seja a tarde que se desdobra à nossa frente com todas as cores que se derramam sobre nós, todas as luzes que vêm do alto, mas que só podem ser percebidas com a permissão de cada um aqui presente.
Que possamos estar em verdadeira comunhão com o propósito que viemos buscar, sabedores, confiantes das possibilidades das quais somos portadores. Todo trabalho é digno e poderoso quando o trabalhador se reconhece digno e capaz. Uma faca que se recusa a cortar deixa de ser uma faca; a semente que se recusa a brotar deixa de ser uma semente, uma folha de papel que não se permite servir às palavras ou às figuras das quais poderia ser portadora deixa de ser uma folha de papel.
Tudo que existe só existe quando realiza a função que lhe cabe, quando cumpre sua missão, quando realiza o seu potencial; assim como o médium que se recusa a crescer não é médium, mas um sensitivo. Percebe o mundo espiritual, mas não cumpre seu papel de mediador; aquele que espalha benefícios através dos seus dons. Todo aquele que não assume a responsabilidade que lhe foi confiada deixa de ser merecedor de ser chamado pelo cargo que ocupou, apesar disto o amor do Pai e da espiritualidade segue vos advertindo, vos conclamando ao trabalho. Aplicações homeopáticas de amor, pois cumprem o papel de administrar amor homeopaticamente, mas a responsabilidade é sempre do que ouve: receber, transformar, assimilar e aplicar o ensinamento.
Toda programação mediúnica segue criteriosamente um plano traçado na espiritualidade. Em perfeita sintonia com o crescimento biológico, a transformação do corpo, da secreção hormonal, da consciência e todos os fatores que envolvem o despertar mediúnico, tudo é matemática e amorosamente planificado para que o médium tome consciência e perceba a sua sensibilidade. Mesmo os que vêm em berço onde não se comunga a aceitação mediúnica, mesmo estes, tem seu desenvolvimento orquestrado pela assunção do compromisso mediúnico. Independente disto segue o médium encarnado o senhor de sua razão, tendo sempre a opção de não aceita-la ou de interrompê-la; sendo sempre de sua própria responsabilidade as decisões assumidas, mas não é só a interrupção ou a não aceitação da missão mediúnica que interrompe ou que atrasa o desenvolvimento moral e espiritual do médium; também a prática não de acordo com o que é esperado, como que é correto, com o que é bom. O uso da mediunidade como mercadoria afasta os mentores e atrai obsessores levando até à mistificação, o uso da mediunidade para divertimento, da mesma forma, atrai frivolidade dos espíritos que se animam no divertimento efêmero; também o médium que se recusa a aceitar as responsabilidades que a prática mediúnica tem apesar de estar religiosamente em sua casa religiosa se predispondo a ouvir, mas quando é chamado à responsabilidade se nega permitindo que o medo, permitindo que a desconfiança em seu potencial impeçam o prosseguir do seu crescimento. Esta atitude também gera atrasos e sofrimento no pós-túmulo.
É por isto que dizemos que mediunidade é servir. Servir onde o Mestre chama “Vem e segue-me” e não onde vossa vaidade diz “só vou quando quero”. Sejamos dóceis para que possamos crescer.
O amor de vossos mentores é enorme; o amor de Deus maior ainda. Tudo que se precisa é confiança. Disciplina, disciplina, disciplina e aí se consegue, e aí se alcança e aí se cresce.
Graças a Deus.