Mensagem do Caboclo Sete Flechas em sessão de Pretos Velhos do dia 23 de junho de 2018. Homenagem a Xangô.
Graças a Deus, que a paz de Nosso Senhor Jesus Cristo esteja com todos vocês nesta tarde.
Disse Jesus que a cada vez que os filhos se reunissem em seu nome, ele estaria presente. Essa foi a promessa de Jesus e o compromisso com todos aqueles que seguiram a sua doutrina reunindo-se no anonimato, nas ruínas, fugindo da perseguição religiosa e política da época. Muitos foram martirizados pela sua prática, pela fé revolucionária que Jesus trouxe no seu tempo, dizendo para que se perdoasse os inimigos, convidando o homem a uma reformulação de pensamentos mudando o cumprimento da conhecida lei de Talião onde se diz que é olho por olho, dente por dente; Jesus e prega o perdão incondicional e com isso revoluciona o pensamento na época em que viveu.
Importante filhos estarem atentos a estes ensinamentos que permanecem atuais até os dias de hoje porque esta é a eterna luta do ser humano. O ser humano transita entre seus semelhantes e entre culturas diferentes da sua como se estivessem viajando em trens diferentes. Quando um trem passa pelo outro e igualam a velocidade, parecem estar parados, mas qualquer alteração na velocidade de um ou de outro dá a idéia de que um está parando. Isto ocorre porque sempre olhamos para nossa vivencia como a mais correta, o outro o divergente e estamos sempre buscando um meio de reafirmar nossas diferenças e com isso criam-se as distâncias pessoais e interpessoais e com a distância vem a magoa, vem a agressividade e tudo aquilo que contribui para a separação do ser humano.
Com isso se cria também as injustiças, mas precisamos estar atentos, porque quando Jesus disse vinde a mim todos vós que sofreis, ele diz que vai aliviar e não diz que vai isentar. Quando Jesus se coloca em uma postura universalista, sem distinção entre homens e mulheres, a sua postura é a postura da inclusão. Jesus protegeu a mulher que era violentada, Jesus defendeu o idoso, Jesus defendeu a criança, Jesus se colocou sempre ao lado dos que sofrem. Então é importante percebermos que para compreendermos o sofrimento humano não podemos nos sentir em um trem diferente do deles. Precisamos todos estar na mesma sintonia para que possamos compreender a dificuldade do outro.
É essa a enorme dificuldade do ser humano, especificamente do âmbito religioso, onde muitas vezes queremos auxiliar o outro modificando-o, esperando que ele veja o mundo pelos nossos olhos, que vivencie as nossas verdades. Queremos curar o outro dizendo que o que ele sente e o que ele é, é uma enfermidade. Precisamos perceber que a verdade não repousa em um lugar só. Precisamos perceber que a verdade é verdade para mim, enquanto responde as minhas perguntas, enquanto satisfaz as minhas necessidades. Se eu cresço um pouco mais, se eu amadureço um pouco mais, se eu vivencio outras situações, essa verdade que antes eu defendia, pode ganhar um outro colorido, pode agregar mais conhecimento ou simplesmente deixar de ser uma verdade.
É preciso que eu esteja aberto a modificar-me. É preciso que eu esteja com a capacidade de ser resiliente e de permitir-me a modificação para que eu possa também com isso crescer. Preferimos a palavra crescimento do que a palavra evolução. Quando se evolui se diferencia do outro, o outro deixa de ser evoluído, enquanto eu evoluí. Se eu me modifico, se eu cresço eu permaneço em sintonia com o semelhante, tão somente me modifiquei assim como ele um dia poderá fazer.
Então que tenhamos a percepção e a capacidade de sermos dóceis não só ao sofrimento, mais dóceis ao conhecimento e nos permitirmos modificar para que possamos sofrer menos. O sofrimento é a teimosia em dizer não à modificação. Os camaleões nos ensinam muito quando seus olhos transitam em toda sua cabeça olhando para traz, olhando para frente, olhando para o lado. Devemos estar sintonizados com nosso presente, passado e nosso futuro porque tudo isso traz as faces que a verdade tem e também a capacidade de me ambientar e ser mais um na multidão para com isso crescer e auxiliar essa multidão e não me permitindo querer ser a mais, querer ser demais. Sejamos mais em uníssono, em sintonia com a humildade, sejamos mais inclusivos, sejamos mais capazes de nos colocarmos no lugar do outro para que possamos com o outro aprender também.
Graças a Deus.
Mensagem de pai Joaquim em sessão de Pretos Velhos, homenagem a Xangô em 23/06/2018.
Graças a Deus.
Devemos ser gratos; terminar sempre agradecendo. O agradecimento encerra um ciclo, o agradecimento dá uma ordem à mente dos filhos de que é hora do repouso.
Todo trabalhador tem direito a repousar, mas o repouso não é só o estacionamento da atividade. No repouso vamos matutando, observando o que poderia ter sido melhor, o que pode ser melhorado. No repouso nos perdoamos, no repouso encontramos com a pessoa que mais devemos gostar: nós mesmos.
Gostem mais de si, olhem no espelhos e gostem do que veem, façam carinho em si, parem de dizer que não prestam para isso, não prestam para aquilo e comecem a ver para o quê prestam; e ai conseguirão sorrir com mais facilidade.
Gostei das mensagens do seu 7flexas pois preciso mudanças e do Pai velho ensinando a nós nos amarmos que assim seja. Graças a Deus. Sarava UMBANDA